Hoje, domingo de Páscoa para os que acreditam num Cristo que veio trazer ao mundo uma nova filosofia de esperança e de amor, assistimos ao horror dos atentados contra aqueles que querem celebrar a sua fé e o seu Deus, o Deus do amor.
E vêm-nos à memória os relatos longínquos das perseguições aos cristãos no tempo de Nero, Domiciano, Diocleciano, e outros, impedindo uma religião de deus único, numa Roma que sempre foi aberta a outros cultos e outras religiões. É só em 313, com o édito do imperador Constantino, que os cristãos têm, em termos oficiais, uma liberdade religiosa total.
Tantos séculos passados, tantos avanços civilizacionais e a intolerância continua, agora em maior escala porque maiores e mais potentes são as armas da morte. Parece que os homens do nosso tempo nada aprenderam com o passado, as lições da história foram esquecidas, os valores conquistados, a liberdade, a fraternidade são letra morta em mentes "formatadas" para o desprezo da vida, para o desprezo do outro, mentes perversas que julgam "salvar" o mundo pela violência contra inocentes.
Rubens - Rómulo e Remo |
No melhor e no pior somos herdeiros, continuadores desse passado, desse mundo e dessa civilização, que evoluiu, que cresceu e da qual devíamos retirar os bons ensinamentos, os valores perenes e não os maus exemplos.
"Ora os autores estão de acordo em que a fundação se deu no décimo primeiro dia antes das calendas de Maio*, data festejada pelos Romanos como sendo o nascimento da pátria.”
(Plutarco, Vida de Rómulo, tradução de Delfim Leão, Minerva Coimbra, 2006).
* Corresponde ao dia 21 de Abril.
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