quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

"Uma Escola Para a Vida" ou a versão da escola como um "céu na terra"

Vale a pena ver ou rever o programa Repórter TVI de ontem, intitulado Uma Escola Para a Vida 
"Há escolas que se estão a reinventar para que o insucesso se transforme em perspectivas. Há um projeto piloto de inovação pedagógica que está a ser executado em Portugal e que passa por atribuir mais autonomia aos alunos, mais aulas práticas e uma maior interação com os professores."
Nenhum problema na escola documentada: alunos e professores felizes, o sucesso (quase, quase) pleno, comportamento correctíssimo de todos. O céu na terra!

3 comentários:

Anónimo disse...

"A aprendizagem está a ser melhor conseguida".
Na velha escola, preferíamos dizer "mais bem conseguida". Mas agora, a escola é uma festa!
Curiosamente, neste programa televisivo não entrevistam nenhum deficiente mental profundo, seja ele professor ou aluno, a dar o seu testemunho vivo de como a escola inclusiva e flexível integra, com equidade e justiça social, todos, mas mesmo todos, os atores envolvidos neste inovador processo de ensino/ aprendizagem! A inovação não é assim tanta como parece à primeira vista.
Este ensino ligeiro, com avaliação de caráter formativo, em que cada aluno tem o seu PIT (Plano Individual de Trabalho), já existe há muitos anos no Ensino Profissional. Se os senhores jornalistas querem informar bem o público sobre os resultados desastrosos a que podem conduzir as políticas da escola inclusiva, façam uma reportagem sobre o ensino profissional numa escola, escolhida aleatoriamente, dos arredores do Porto ou Lisboa. Realmente, a esses formandos não falta autonomia, para o bem e para o mal, mas o pior é quando têm de fazer exames nacionais para ver se aprenderam alguma coisa que lhes permita ingressar no ensino superior! Como seria de esperar, nem todos conseguem entrar!

Anónimo disse...

A escola perdeu a sua verdadeira função. Neste momento é um inferno. Uma parafernália de documentos para preencher, diretores que tratam os professores como funcionários que devem obedecer apaticamente, e outros professores que acham tudo muito bem, e que não passam de acólitos do poder. Já não somos professores, somos burocratas que devem fazer tudo que lhes mandam sem questionar.

Anónimo disse...

A "proletarização" dos professores não é, infelizmente, uma palavra vã!...
Temos os melhores professores do mundo! Só é pena que sejam tantos!...

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