segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Frisos em azulejos | Friezes in "azulejos"

1 comentário:

Repentino disse...

Friso

Rola no tempo o friso decomposto
Lamento decalcado, enrolado e lento
Musgo morto no presépio sustento
Simétrico esgar do assimétrico rosto

Fragmento o certo, de abismo o condeno
Corto e recorto o que ainda é, mas já foi
E no traço hipnótico em espiral aceno
Contorço de adeus a flor que me dói

Pela estrada traçada ecoam meus passos
Assentam poeiras refletidas de chão
Dobro na passagem memórias e espaços

Devolvo em rotação um cónico cansaço
E danço, intemporal, livre de coração
Na ponta de um pé, rotativo compasso

F.C.

35.º (E ÚLTIMO) POSTAL DE NATAL DE JORGE PAIVA: "AMBIENTE E DESILUSÃO"

Sem mais, reproduzo as fotografias e as palavras que compõem o último postal de Natal do Biólogo Jorge Paiva, Professor e Investigador na Un...