quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Hoje passam 120 anos do anúncio da descoberta do elemento químico rádio


Foi a 26 de Dezembro de 1898 que o casal Pierre e Marie Curie (na figura repreesntada numa pintura) numa comunicação à Academia de Ciências de Paris anunciaram a sua descoberta, através de espectroscopia, de uma substância química nova, o rádio, que vinha  preencher o lugar n.º 88 da Tabela Periódica. Contido na pechblenda (óxido de urânio), o seu isolamento químico revelou-se uma tarefa extremamente penosa, só concluída em 1902, pois foi preciso mais de uma tonelada de matéria prima para extrair um minúsculo miligrama. É pois merecido o prémio Nobel da Física que os dois tiveram em 1903 assim como o Nobel da Química que Madame Curie recebeu em 1911, já depois da morte do marido. Foi até hoje a única pessoa a receber o Nobel em duas disciplinas científicas diferentes.

Portugal está ligado a Madame Curie e à radioactividade. No Instituto do Rádio em paris passaram vários doutorandos portugueses (Mário Silva, que haveria de tentar sem êxito a criação de um instituto similar em Coimbra, Manuel Valadares, que como Silva haveria de ser proscrito pelo Estado Novo, e Branca Edmée Marques, uma das primeiras investigadoras portuguesas). Na Urgeiriça passaram-se no início do século a explorar minas de urânio, para extracção do rádio, que tinhas aplicações médicas,. Só com a II Guerra Mundial se percebeu que a "ganga", isto é, o próprio urânio, era importante, por causa das suas aplicações bélicas e, no tempo dos átomos ,para a paz", energéticas.

Fiz curtas declarações sobre o rádio para a TSF:

https://www.tsf.pt/sociedade/saude/interior/de-comestivel-a-radioativo-o-radio-foi-descoberto-ha-120-anos-10364403.html

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