Informação recebida da Fenprof:
O
 diploma do emprego científico recentemente produzido pelo 
Governo, Decreto-Lei 57/2016, de 29 de Agosto, foi ontem discutido no 
plenário da Assembleia da República, na sequência dos pedidos de 
Apreciação Parlamentar apresentados pelo Partido Comunista Português 
(PCP) e pelo Bloco de esquerda (BE), cujas fundamentações acompanham as 
principais críticas feitas pela FENPROF ao articulado (ver aqui), em particular, o facto deste decreto-lei estar “longe
 do que deverá ser um adequado e justo tratamento dos investigadores, 
designadamente quanto à criação de condições de estabilidade e de 
combate à precariedade, bem como ao seu enquadramento salarial e na 
carreira, que deve ser valorizada, sendo a inexistência de qualquer 
medida para conversão dos contratos a termo em contratos sem termo a 
maior lacuna do projeto.”
A
 FENPROF esteva presente na Assembleia da República a acompanhar o 
debate, tendo registado com agrado a disponibilidade manifestada pelo 
Governo - representado pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino 
Superior (MCTES), professor Manuel Heitor - e pelo grupo parlamentar do 
Partido Socialista (PS) para, no âmbito da Comissão de Educação e 
Ciência, se proceder à alteração do diploma com vista à sua 
“clarificação”, e portanto melhoria, nos seguintes dois aspectos:
- O
 alargamento da duração do regime transitório e as condições de 
financiamento que a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) I.P. 
deverá assegurar às instituições que contratarem investigadores 
doutorados durante esse período de tempo; 
- A
 garantia de oportunidade de acesso, mediante abertura de concurso, a um
 lugar na carreira de Investigação Científica para todos os doutorados 
ao fim dos seis anos de duração dos contratos a prazo instituídos pelo 
diploma.
A
 FENPROF irá acompanhar de perto os trabalhos da Comissão de Educação e 
Ciência e procurará sensibilizar, uma vez mais, os deputados membros 
desta comissão para a necessidade e relevância de se fazer reflectir 
numa nova versão do diploma do emprego científico as medidas que, 
repetidamente, tem apresentado ao MCTES e divulgado na opinião pública 
(ver aqui).
Entretanto,
 foi hoje divulgado o “Manifesto para uma ciência com futuro e direitos 
para todos” que reivindica o fim da precariedade para quem trabalha em 
Ciência em Portugal e um quadro de financiamento adequado e estável para
 a Ciência e as instituições do Sistema Científico e Tecnológico 
Nacional (SCTN), pelo que apelamos a que os colegas a assinem aqui.
Apelamos
 também a que, caso ainda não o tenha feito, assine e divulgue a petição
 sobre o posicionamento incorrecto nas escalas salariais dos colegas que
 em virtude de terem ganho um concurso foram promovidos para uma das 
duas categorias superiores da respectiva carreira – professor 
catedrático ou professor associado, no ensino universitário público, e 
professor coordenador principal ou professor coordenador, no ensino 
politécnico público, o que pode fazer aqui.
Valendo
 o que vale, é, ainda, importante conhecer o debate que está a ser feito
 na Assembleia da República e as propostas que foram debatidas (BE e 
PCP) baixaram agora à Comissão e poderão vir a promover alterações ao DL
 54/2016. Para saber o que foi aí discutido disponibilizamos aqui o vídeo do debate.
Cordiais Saudações Académicas,
O Secretariado Nacional da FENPROF
 
 
 
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