"O regresso à barbárie através da escravidão dos critérios economicistas e do enclausuramento da sociedade num egoísmo feroz é uma realidade. Mas acredito que os que praticam a minha profissão com dignidade são a maioria e tentam resistir, dia a dia, a tal retrocesso."
Daniel de Sousa
Transcrevo, abaixo,
mais algumas palavras da Jacques Barzun (p. 754), por reforçarem as que o leitor Daniel de Sousa, médico de profissão, nos enviou e que agradecemos.
"Depois de um catálogo tão desolador, há que fazer uma ressalva. Nenhum estilo afecta toda a população de um período. Há uma maioria que permanece intocada pelos aspectos mais visíveis da sua época, ainda que não modifique o estilo que se recusa a seguir. Este contraponto não afecta aquilo que ocupa permanentemente as notícias, nem os temas considerados importantes, divertidos ou desejáveis que dominam as conversas quotidianas. Os gostos e desejos antigos antigos persistem, mas são tão negligenciados ou tão subentendidos que passam por inexistentes."
1 comentário:
Começo a ter saudades do tempo em que se podia conversar com o médico. Excepção feita a dois que me acompanham há longos anos e dado o prestígio, idade e local de trabalho não se sentem pressionados, venho a notar que nas grandes clínicas privadas ( com ambições a substituir o SNS) se considera que 10m, e às vezes menos, é mais do que necessário para uma consulta e o médico quase nos empurra porta fora. É a proletarização da medicina em curso !
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