sábado, 19 de outubro de 2013

Emigrem, enquanto é tempo!

Texto recebido de Augusto Küttner de Magalhães: 


Será este o discurso de fim de percurso – que é afinal o que nos está a acontecer - que teremos que passar a ouvir, e por certo, também, a repetir : Emigrem, enquanto é tempo! Emigrem enquanto têm idade de o conseguir fazer, de arranjar trabalho “lá fora”, que isto “aqui dentro”, vai em declínio continuado.

Emigrem, dado que ninguém cá dentro tem sequer explicações, quanto mais soluções, para o presente e para o futuro, e dado que os poucos que as possam ter, como não estão nem directa nem indirectamente ligados aos permanentemente “instalados”, ou são mandados calar ou nem chegam a falar.
Emigrem dado que os políticos, todos, todos do nosso País, não querem desinstalar-se das governações e das oposições onde estão instalados, não querem abdicar das suas mordomias e regalias, pelo que nada vai melhorar.  Para manterem o que têm, irão piorando o pouco que nós ainda temos.
Emigrem dado que o País está a enlouquecer - a previsão é que em 2040 quase metade da população que cá estiver está louca e evitem fazer parte dos que lá vão chegar.
Emigrem para não terem que ver os vossos pais, avós, e restantes familiares mais velhos, sem alternativas, sem comida, sem aquecimento, sem futuro. Sem nada.
Emigrem antes de terem 60 anos, dado que, a partir dessa idade, as perspectivas se acabam: qualquer oportunidade, por mais pequena que seja, deixou completamente de existir.
Emigrem, enquanto é tempo!
Augusto Küttner de Magalhães

6 comentários:

Ildefonso Dias disse...

Senhor Augusto Küttner de Magalhães, vou deixar aqui umas citações do Professor Bento de Jesus Caraça, numa tentativa de dar "cor" ao pessimismo e ao escuro que o senhor aqui nos trás. Cumprimentos.

http://www.epbjc-porto.net/bjc/citacoes.html

“O que o mundo for amanhã, é o esforço de todos nós que o determinará”

“…as ilusões nunca são perdidas. Elas significam o que há de melhor na vida dos homens e dos povos (…) Benditas as ilusões, a adesão firme e total a qualquer coisa de grande, que nos ultrapassa e nos requer. Sem ilusão, nada de sublime teria sido realizado, nem a catedral de Estrasburgo, nem as sinfonias de Beethoven. Nem a obra imortal de Galileo.”

“O homem desiludido e pessimista é um ser inerte, sujeito a todas as renúncias, a todas as derrotas – e derrotas só existem aquelas que se aceitam.”

“A cultura tem que reivindicar-se para a colectividade inteira, porque só com ela pode a humanidade tomar consciência de si própria.”

“Conseguirá a Humanidade, num grande estremecimento de todo o seu imenso corpo, tomar finalmente consciência de si mesma, revelar a si própria a sua alma colectiva, feita do desenvolvimento ao máximo, pela cultura, da personalidade de todos os seus membros?”

Mário Reis disse...

É uma infelicidade... este texto de um perdido egoísmo. Valem-me os ensinamentos e exemplo de meus pais, que sem estudos me ensinaram coisas que muita gente letrada não percebe, tentar perceber a marcha dos acontecimentos e uma dominação de uns sob outros, que só assim é, porque....

augusto kuettner de magalhães disse...

Bom dia


Não entendi o comentário de Mário Reis, de me chamar egoista, logo, não vou sequer responder.

cumprimentos

augusto kuettner de magalhães disse...

Caro Ildefonso Dias, como deverá imaginar, "isto" foi um desabafo de momento, e quem me dera que mais ningiem emigre.

E espero que os meus , descendentes, não emigrem, que os quero cá, não por egoismos, mas por gostar deles e querer que o País não morra.

Mas que gosteria que os polticos se desintatlam-se,........................ não duvido.

Abraço

Augustto

augusto kuettner de magalhães disse...

Caro Carlos Fiolhais.

Agradeço a inserção deste texto, dado que vejo que entendeu qual a razão - provocatória!! - que me o fez escrever.

Abraço forte

Augusto

Roger.a disse...

Emigrar para onde? Se o planeta azul se apresenta cada vez mais inclinado, "talvez até mais do que o seu próprio eixo", impedindo os povos de serem felizes em qualquer lugar terreno, fazendo-os escorregar para o abismo, da desigualdade, da pobreza, da sobrevivência, etc.

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