quarta-feira, 31 de julho de 2013

O crescimento económico chegou ao fim?

O economista Robert Gordon pensa que sim, pelo menos no caso dos EUA.

7 comentários:

João Pires da Cruz disse...

Aquilo a que os economistas chamam de crescimento económico é. na realidade. aceleração económica. É a segunda derivada do activo, sendo este a capacidade de produzir, i.e., o conjunto da população, tecnologia, educação, etc. mas também da comunicação para que as ligações de comércio se formem. Quando olhamos para o "crescimento económico" dos USA nas últimas décadas ela é influenciada por fenómenos únicos no crescimento do próprio activo. Por exemplo, a duplicação da população trabalhadora com a entrada das mulheres no mercado a seguir à 2ª Grande Guerra, a multiplicação da capacidade comercial com a boom das comunicações. Mas também o próprio crescimento das populações.
As populações já não crescem (onde o artigo se foca), as comunicações estão feitas, o mundo está a unificar-se como sempre se vaticinou. Essa aceleração vai naturalmente reduzir-se. O ponto que os economistas se esquecem é "virar o gráfico ao contrário".
Precisamos dessa aceleração? A nossa preocupação de que os nossos filhos sejam "bafejados" pelos ventos da economia em aceleração não faz sentido porque os nossos filhos já são menos que nós e por isso a economia acelera muito pouco. Os mexicanos não vão para os USA porque a economia americana está a morrer, simplesmente não deixam o México porque a economia mexicana está aproximar-se da americana.
A economia vai continuar a crescer e até acelerar. As taxas a que acelerava no passado deviam-se à formação da "estrutura" que não existia ou estava fragmentada. Mas aquilo que é o crescimento normal "a geometria constante" vai continuar. Esta não dá as taxas do passado, mas a verdade é que não precisamos. Mais, o fim dos recursos naturais não nos permitia ter as taxas de crescimento populacional que tínhamos e toda a população mundial, quando terminar a globalização económica de facto, vai estagnar ou reduzir.

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Filosofar virou uma angenhoca econômica professor Desiderio?!

Cláudia da Silva Tomazi disse...

engenhoca económica*

Anónimo disse...

Angenhoca inconómica é que está bem

Banda in barbar disse...

falta na análise do crescimento a distribuição dos rendimentos do capital aplicado como Nosso T Ford bem disse

uma classe média com importações baratuchas para corrigir o decréscimo do poder de compra do sand dollar e do boom de salários mínimos não estimula nem acelerações gravitacionais nem crescimentos em números primos

em simplex gordon passou dos 70 mas não está soarizado

maria disse...

deve ter razão . o crescimento das últimas décadas tem sido sempre a fingir , isto parece uma montanha russa : imprimem dinheiro , crédito barato , criam a bolha , despeja a bolha , crise ; imprimem dinheiro ...e vira o disco e toca o mesmo , sendo que os que imprimem dinheiro estão sempre a salvo da porcaria que fazem.
e já estou a ficar enjoada de andar às voltas. decrescimento sustentável , small is beautiful , parece-me muito mais sensato , sempre dá alguma estabilidade aos pequenos.

Desidério Murcho disse...

Obrigado, João, sempre lúcidas e informativas as suas palavras!

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...