sábado, 6 de julho de 2013

CIÊNCIA ABERTA: 200 LIVROS A LUTAR PELA VERDADE

Artigo de Nicolau Ferreira saído no Público de ontem, para o qual prestei declarações:


É um marco na colecção da Gradiva: 200 obras publicadas e um passar de testemunho. Carlos Fiolhais é agora responsável pela edição substituindo Guilherme Valente, o fundador da editora.

Os livros ficam. Esse é um dos valores da edição, o da permanência, um lugar numa estante das bibliotecas. Lá, pode-se voltar a encontrar Cosmos de Carl Sagan, Um pouco mais de azul, de Hubert Reeves ou Breve história do tempo de Stephen Hawking. São três obras da colecção Ciência Aberta da editora Gradiva, clássicos de divulgação científica em português que podem ser lidos por todos. É isso que Carlos Fiolhais, físico e professor na Universidade de Coimbra, lê no nome criado há 31 anos por Guilherme Valente, fundador da Gradiva. A ciência aberta é a “que convida a entrar”, diz o novo responsável pela colecção que comemorou em Maio o número 200.

A primeira escolha de Carlos Fiolhais para a série — o número 201 — é um livro antigo para um tema actual. Como Mentir com a Estatística, de Darrell Huff , uma obra de 1954, mostra que “por de trás da palavra ‘média’ ou ‘desvio’ estão as coisas mais assombrosas”, diz Fiolhais, e explica como a estatística é usada para mascarar logros. “A ciência é um desejo imparável do Homem, há tanta ou mais necessidade de a compreender do que há 30 anos. Não penso que haja um esmorecimento pelo desejo do seu conhecimento”, defende Carlos Fiolhais.

Mas nem tudo vai bem no mundo da divulgação científica, basta ver a redução do número de cópias dos novos livros da colecção. Para Guilherme Valente isto mostra um problema que não é de hoje. “Somos uma sociedade muito pouco informada pelos valores da cultura científica. E nesse sentido, a colecção não realizou uma das principais motivações que determinou a sua criação”, explica ao PÚBLICO Guilherme Valente, que em 2012 foi distinguido, juntamente com a Gradiva, com o Grande Prémio Ciência Viva pelos 30 anos da colecção Ciência Aberta, um galardão atribuído pela organização Ciência Viva.

Que valores são esses que a ciência se rege? Rigor, a procura da verdade, o combate à ilusão, o reconhecimento do mérito, o não elitismo. “A ciência implica muito trabalho, leitura, muito rigor. Isso são qualidades que acho que não estão muito presentes no nosso quotidiano”, critica o editor, que quis depois do 25 de Abril inverter esta situação nacional.

É preciso voltar ao início da década de 1980, para relembrarmos o contexto em que nasceu a Gradiva, em 1981, e a colecção Ciência Aberta, em 1982. Sete anos depois da Revolução dos Cravos e de acordo com os Censos, 36,9% da população não tinha qualquer escolaridade e Nicolau Ferreira 38,8% só tinha a escola primária. Trinta anos depois ainda há 10,4% de pessoas em Portugal que nunca foram à escola e 27,2% que só têm a primária. Em 1981, apenas 2,1% fez a licenciatura, em 2011 o número sobe para 13,8%.

Não é de estranhar, por isso, que a ideia de Guilherme Valente de editar uma colecção de livros científicos num país tão pouco escolarizado tenha causado incredulidade. “Toda a gente achava que era um disparate começar a colecção. Não havia tradição neste domínio e as pessoas achavam que não havia leitores”, lembra o editor. Mas os leitores apareceram. Guilherme Valente “teve uma intuição incrível”, diz Carlos Fiolhais. “A colecção criou o seu próprio público. Havia uma quantidade de jovens, professores, cidadãos que não tinham acesso a estes livros e de repente descobrem os grandes autores da ciência numa só colecção”, acrescenta o físico.

Com o arranque, a série acabou por cumprir vários objectivos de Guilherme Valente: despertou muitas vocações em jovens daquela altura, teve produção portuguesa — o 11.º volume é assinado pelo físico e divulgador de ciência Jorge Dias de Deus com o título Ciência, curiosidade e maldição —, e alguns livros de autores portugueses chegaram a ser publicados no estrangeiro, o que mostrou o “prestígio da colecção e a credibilidade da Gradiva”, sublinha Guilherme Valente.

Mesmo o objectivo principal de aumentar a cultura científica para promover o desenvolvimento do país e regar a sociedade dos valores da ciência teve um sucesso parcial no início. Os jovens descobriram estes livros e acabaram por fazer com que os pais também se interessassem pelos temas, refere o editor que é licenciado em filosofia. ´

Terrível regressão

“A minha entrada na colecção foi como leitor”, lembra Carlos Fiolhais. “Venho da Alemanha em 1982 [onde fez o doutoramento] e vejo aqueles livros e penso ‘tão interessante’ e até proponho títulos”, diz o físico que também faz divulgação de ciência e é autor de algumas das obras da série. A colecção chegou a ter vários títulos nas listas do Jornal de Notícias. Mas para o fundador da Gradiva esse impulso esmoreceu: “As tiragens de agora de qualquer livro de ciência baixaram dois terços.” O número de cópias impressas na primeira edição dos últimos cinco volumes da colecção situam-se entre os 1000 e os 1500 exemplares. Enquanto a primeira edição do Cosmos de Carl Sagan não teria uma tiragem menor do que 3000 exemplares, ao que se seguiram muitas outras edições.

 Porquê esta redução? “Houve uma regressão terrível”, responde Guilherme Valente. “Os grandes livros não são lidos porque de facto perdeu-se capacidade de ler, isso está tudo ligado à escola”, admite Guilherme Valente que também é o autor de Os anos devastadores do eduquês, editado pela Presença. “Não temos leitores porque a escola não produziu leitores. Ler é um exercício difícil. Quando aprendemos a ler vemos que isso é uma coisa que não podemos prescindir na nossa vida. Lemos um livro e apesar do que somo e do que vivemos, ficamos diferentes, ganhamos uma data de perspectivas, de interrogações”, considera o editor. “É preciso escola ensinar a ler e isso faz-se com exigência. O livro é o contrário da Internet, a Internet obriga a fazer zapping, enquanto no livro tem de se voltar a folha para trás para ler outra vez.” 

Carlos Fiolhais é mais optimista em relação à procura de livros sobre divulgação científica. “Há público, as pessoas querem saber, têm curiosidade”, refere. Mas concorda que hoje “os jovens perdem-se muito na Internet”. 

O facto é que esta mudança nos hábitos de leitura já está a pôr em causa a própria edição de novos livros. O número baixo de vendas acaba por não pagar as traduções de livros que o editor gostaria de publicar. “Estamos numa situação terrível de regressão. Porque é importantíssimo para uma sociedade ler os bons livros que se publicam em todo o mundo”, diz Guilherme Valente.

O livro que marca os 200 números e a transição de direcção da colecção, de Guilherme Valente para Carlos Fiolhais, é por tudo isto um grito de resistência. Ciência e Liberdade, Democracia, razão e as leis da natureza, de Timothy Ferris, defende que a ascensão da ciência está ligada ao iluminismo, à razão e à liberdade. E nas sociedades que não são livres, como no caso da Alemanha do Hitler, a ciência não vinga. “O livro resume de algum modo o espírito da colecção. É uma colecção de ciência ligada à sociedade e a liberdade é essencial”, explica Carlos Fiolhais, que defende que há mais liberdade e capacidade de discussão por parte da sociedade do que há 30 anos.

Apesar das difi culdades, há um acto de resistência nesta passagem de testemunho. “O Carlos esteve sempre muito ligado à colecção, é um apaixonado por este combate e achei que era altura de lhe pedir que assumisse esta tarefa que sei que é também um gosto para ele”, refere Guilherme Valente. “Sei que a colecção vai ser melhor porque o Carlos é uma pessoa fantástica.”

 De português para português

Depois da estatística, o próximo livro será sobre o mundo quântico escrito por Luís Alcácer, investigador do Instituto Superior Técnico. “Vou tentar seduzir para a escrita os jovens de 30 a 40 anos. Aqueles que foram para a ciência por causa dos livros da Gradiva”, diz Carlos Fiolhais. Um dos objectivos é a “criação de modelos”, refere o físico, para que os jovens de hoje que lerem os livros vejam que há portugueses a escreverem sobre todos os domínios de ciência, que é possível almejar qualquer profissão. “Isso cria um elo de proximidade com os leitores”, diz.

 Por outro lado, os temas quentes da ciência vão continuar a ser uma aposta. Questões como a biomedicina, a alimentação, a genética, as alterações climáticas ou o bosão de Higgs farão parte da colecção. “Gostaria de estar perto dessas questões na ciência que não podem ser misteriosas, não podem ser bruxaria”, diz Carlos Fiolhais, que defende que hoje a ciência lida muito com o invisível e as pessoas percebem que ideias “invisíveis”, como o raios-X e a medicina, o dióxido de carbono e as alterações climáticas, ou os transgénicos e a alimentação têm consequências na sua vida.

 “É por isso que Ciência Aberta é importante. As grandes questões não estão no poder dos cientistas”, reflecte Fiolhais, que se sente “aos ombros de gigantes” por continuar a colecção.

Guilherme Valente recorda da sensação que teve quando viu a capa do segundo livro da edição, Um pouco mais de azul, de Hubert Reeves — um espaço cheio de estrelas azuis: “Eu quase lhe posso dizer que aquele livro foi determinante para a criação da Gradiva e fazer a colecção Ciência Aberta. Eu quis publicar aquele livro.” O editor vai ainda mais longe na sua memória, para quando era criança e se deitava deitava com os amigos no campo a olhar para o céu estrelado, foi lá que encontrou “o sentimento de perplexidade, inquietação e curiosidade inominável”, que diz estar na origem do fascínio pela ciência e que partilha com Fiolhais.

Por todas estas razões, a colecção continua tão válida e actual e aberta como quando nasceu e por isso, como diz Guilherme Valente “vai prosseguir”.

Nicolau Ferreira

8 comentários:

José Batista disse...

Porque persistiu, insistiu e conseguiu fazer luz na escuridão de breu cá do rectângulo, em matéria de divulgação do conhecimento científico, um imensíssimo obrigado a Guilherme Valente.

perhaps disse...

Pronto. Como eu vou a andar para trás...enfim...terei de concordar com a opinião de que a escola não consegue que os jovens leiam o suficiente. Mas a grande questão é que se é a escola que ensina a soletrar e a ler fluentemente; já não sei se cabe à escola criar hábitos de leitura. Senão repare-se o PNA dantes não existia. As obras que líamos até ao 9º ano (antigo 5º) também não eram as que nos levavam à leitura: não me lembro de gostar ou ouvir dizer aos meus colegas que gostavam dos Lusíadas ou da peça de teatro Frei Luís de Sousa.E hoje as obras que se lêem são bem mais interessantes.
Digamos antes que a internet invadiu as pessoas ou elas se deixaram invadir por ela. E não vale a pena dizer mais até porque tenho ali um livrito à espera. E gosto de passar folhas, voltar atrás, reler, escrever nas margens, copiar frases (por acaso não sei bem para quê que nunca as uso). E, pior, gosto de pensar sobre o que leio.

Anónimo disse...

A escola não ensina a ler, isto é, ensina a decifrar. A maioria dos professores só decifra e mal. Não há mestria porque não se pode ensinar o que não se sabe. A culpa é de uma elite detentora do conhecimento que verdadeiramente não partilha porque tudo o que é codificado não existe para o leigo, mesmo que este seja letrado - patina no gelo com patins emprestados e uma meia dúzia de sons mais ou menos compreensíveis, assim, como quem acha que fala...
Se saímos da escola a não saber ler nem escrever o mundo, a culpa não é da escola. Convém que assim seja.

perhaps disse...

Anónimo

Pode até ser que tenha razão, mas não aprecio grandemente a linguagem das culpas. E responsáveis somos todos. Porque há um trabalho que é do indivíduo e não pode não ser. A escola dá as ferramentas, mas o trabalho és tu que pões. Se o não fazes, a obra não há.

A realidade é misteriosa. E em certa medida, indecifrável. Apesar dos tantos modos de lê-la que não a conseguem dizer no completo. A vida é sempre mais do que o resto, dizia Vergílio Ferreira. Ainda bem. Por ser. E porque ele o disse.

Anónimo disse...

A Escola é ideologia política se é que a política tem uma ideologia educativa. E políticos somos todos nós mesmo quando não o somos. Aí reside a nossa responsabilidade. A Escola não deveria dar só ferramentas, nem cumprir-se a depender do trabalho mais ou menos essencial, segundo as literacias, sapiências e expetorações de cada um. Porque nela moramos a maior parte do nosso tempo vital e estruturante, o âmbito global deveria ser o da excelência e o da qualidade. Se antigamente, como diz Eça, era uma "casa triste e sombria impregnada daquele cheiro abafante", cuja "única preocupação é que os alunos estejam quietos e sejam no fim do ano letivo aprovados ao Liceu Nacional", hoje é uma casa confusa, paradoxal, mutante, a ceder pelas costuras mal alinhavadas, constantemente legislada e revogada, aglomerando seres em desarmónica polifonia, exatamente com o mesmo singelo objetivo da estatística aprovação, sem esperança de realidade que não seja indecifrável e misteriosa... A (in)diferença é que rimos mais. Se, como diz Vergílio, a vida é sempre mais do que o resto, ouço o Eça a responder-lhe “nós vivemos nisto, nesta repulsiva podridão, complacentes, descuidados, felizes, dando a todo o mundo moral o espetáculo da maior degradação e da maior baixeza em que pode cair uma sociedade”. É para este “resto” que o “resto” da Escola faz circular as suas crianças.

Anónimo disse...

Devo dizer que sou fã incondicional da coleção da Gradiva em apreço. Sou licenciada em filosofia e, no entanto, tenho uma boa parte dos livros da coleção Ciência Aberta. Durante ano ansiava pelo próximo número. Trabalho numa escola, e dirijo uma biblioteca, onde existe cerca de 50% dos títulos já editados da referida coleção. Estou farta dos diagnósticos enviesados e do discurso da culpa.
Em primeiro lugar, nota-se hoje uma evolução muito significativa das competências leitoras dos alunos: há mais alunos a ler com fluência e clareza; há também muitos alunos que soletram e continua a haver muitos alunos que não conseguem, de forma cabal, retirar sentido do que lêem.Em lugar do estafado discurso do culpa do eduquês, talvez fosse preferível olhar para os efeitos positivos do Plano Nacional de Leitura , da Rede de Bibliotecas Escolares e das múltiplas ações que desenvolvem. Talvez fosse interessante, para os discursos pessimistas, saber primeiro o que os alunos lêem.
Em segundo lugar, os alunos nunca leram tanto como hoje. Lêem preferencialmente um suporte eletrónico, pelo que temos agora de ter um trabalho acrescido de os ensinar a ler em outros suportes. Ensinar a ler, no sentido de ensinar a retirar significado do que lêem.
Em terceiro lugar, nunca como hoje tivemos tantas solicitações. Ler é um ato exigente que compete com múltiplas formas de entretenimento, mas também compete com múltiplas formas de aceder ao conhecimento. Nunca como hoje tivemos acesso a revistas, a atividades educativas no domínio da ciência, a exposições, palestras, conferências e nunca como hoje tivemos necessidade de trabalhar horas e mais horas para honrar os nossos compromissos. Os alunos também.
Em quarto lugar, devo dizer que muitos livros recentemente publicados na coleção não são tão acessíveis, ou seja, não se dirigem tão facilmente ao grande público. No meu caso, que, infelizmente, pouca cultura matemática tenho, sempre consegui ler e perceber saltando "as partes matemáticas". Mas, os raciocínios, as ideias fundamentais eram acessíveis e muito estimulantes. Em alguns livros recentemente publicados, tive dificuldades. Nem sempre quem comunica ciência o faz com a clareza e simplicidade necessárias, sem perder o rigor.
Em quinto lugar, e embora discorde em absoluto, e por muito paradoxal que possa ser, não ler ciência tem a ver com a pressão, sobre os professores e os alunos, dos exames nacionais. A pressão é tanta que a ciência fica reduzida aos saberes disciplinares, não havendo tempo mental para mais nada. O que importa é a matéria. Queremos lá saber como é que Einstein chegou às suas terias, para dar um exemplo.
Concluindo, há muitas e variadas razões para não se ler ciência. E, acrescento mais uma, a multidão de livros que se publicam hoje e que também estão acessíveis nas bibliotecas, também é uma delas.

Anónima disse...

Concordo que, hoje, os alunos lêem mais. Não sei se lêem melhor, se retêm o que lêem ou se aplicam o que lêem. Desenvolvem-se múltiplas ações e projetos que dão sentido laboral a muitos. E muitos lêem. E lêem todos. E depois vêm os exames e ficamos todos com a sensação que ninguém lê. E recordamos vagamente o “Plano Nacional de Leitura, a Rede de Bibliotecas Escolares e as múltiplas ações desenvolvidas” no sentido do supremo esforço filosófico de abrir fendas na densidade do caótico, da ignorância, na procura incessante do conhecimento e dos comprováveis benefícios da leitura.
Não sei se o discurso está estafado ou é pessimista. Por mim, enquadrá-lo-ia mais numa linha niilista, perpendicular à horizontalidade longínqua e monocórdica do discurso positivo e defensor da solidez da manta remendada que constitui o nosso sistema educativo. Mas aplaudo o nascimento de projetos, não há nenhum que o meu peito não abrace, mesmo que de difícil concretização dentro do quadro programático a que a Escola é obrigada e aplaudo todos os suportes eletrónicos e as TIC e tudo o que seja pensamento mecanizado, embora saibamos da existência de inúmeras escolas que não têm a menor condição física para ligar dois computadores.
E sim, temos acesso a tudo e a múltiplas formas de aceder a tudo, a um tudo que se não for orientado acaba por ser desestabilizador, demasiado, desorganizado, como uma rede de galerias sem lógica nem sentido semântico.
Infelizmente tenho pouca cultura filosófica. Tirando umas ediçõezitas da Zéfiro, da Lello Editores ou da Afrontamento, não sou capaz de relacionar 2 e 2 sem que um perímetro de floresta cresça à minha volta no vegetal intuito de tapar qualquer irregularidade na resposta. Talvez se deva ao facto de, na escola, a filosofia ter tido o seu lugar consagrado ao canto (3 escassos anos – 10º, 11º e 12º), pouco valorizada porque o cimento da estrutura educativa e a funcionalidade servil do órgão coletivo não permite um conforto maior da existência destas disciplinas, assim como toda e qualquer disciplina de sobre-discurso, lugares perigosos de pensamento livre.
Concluindo. Hoje, na escola, lê-se muito, lê-se tudo, em todo o tipo de suporte… à maneira do sorriso de gato sem gato de Carroll, numa lógica de sopros que nada querem dizer e nem sequer se tornam orgânicos.
Se não fosse o autodidatismo, não sei se teríamos prémio Nobel da Literatura…

Graciete Rietsch disse...

Conheço a Editora Gradiva e tenho alguns livros dessa Editora. É também sintomática que ela tenha surgido após o 25 de Abril pois, para além de tudo o mais, essa data trouxe uma grande abertura para a Cultura. Quero exprimir aqui a minha admiração por todas as personalidades ligadas ao sucesso da Editora.
Os meus cumprimentos.

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...