sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

NEWTON E O NATAL


Conforme lembraram alguns média nesta época do ano, o dia 25 de Dezembro é a data tradicional em que nasceu Jesus Cristo, desconhecendo-se não só a data exacta como até o ano (há uma pequena margem de erro à volta do ano um).

Um dos nomes mais famosos da história da humanidade nascidos em 25 de Dezembro de 1642) foi o inglês Isaac Newton (curiosamente nasceu poucas semanas depois da morte do pai). Mas a maioria das enciclopédias indicam a data de 4 de Janeiro do ano seguinte. Como se explica a diferença? É simples. Newton nasceu, de facto, no dia de Natal de 1642, mas no calendário juliano que então vigorava em Inglaterra e noutros países da Europa do Norte, que corresponde a 4 de Janeiro de 1643 no calendário gregoriano (o que está hoje em vigor em quase todo o lado do mundo).

Lembre-se que o calendário gregoriano se iniciou em 1582, por ordem do papa Gregório XIII, com a bula "Inter Gravissimas", de 24 de Fevereiro, logo seguida em Portugal e noutros países católicos, depois de uma comissão de sábios, liderada pelo jesuíta alemão que estudou na Universidade de Coimbra Cristóvão Clavius, ter preparado cuidadosamente a proposta. O dia 4 de Outubro de 1582, que passou a 15 de Outubro, foi o primeiro dia do novo calendário. Na data do nascimento de Newton havia uma diferença de 10 dias entre os dois calendários, diferença essa que depois se alargou. A Inglaterra adoptou o calendário gregoriano em 2 de Setembro de 1752 do calendário antigo (14 de Setembro no novo), pelo que os eventos ocorridos em Inglaterra entre 1582 e 1752 podem aparecer com duas datas (a antiga e a nova).

Também nasceram no dia de Natal o químico canadiano de origem alemã Gerhard Herzberg (Prémio Nobel da Química de 1971 pelos seus trabalhos de espectroscopia molecular) e o físico alemão Ernst Ruska (Prémio Nobel da Física de 1986 pela sua invenção do microscópio electrónico).

4 comentários:

perspectiva disse...

Embora não fosse um Cristão no sentido ortodoxo do termo (recorde-se que Newton era unitarista), vale certamemente a pena lembrar o seu nome nesta quadra.

Isaac Newton mostra bem que o facto de se acreditar em Deus e de se levar a sério a Sua Palavra não põe termo à pesquisa científica.

Pelo contrário.

Para Isaac Newton, a ciência consistia, precisamente, em procurar pensar os pensamentos de Deus depois de Deus.

Para ele a fazer ciência é fazer "reverse engineering", procurando descobrir qual foi a lógica e a técnica empregue pelo Criador.

Na verdade, muitos cientistas e engenheiros continuam hoje a fazer isso mesmo, embora não o queiram reconhecer.

Todos sabemos como os animais e o ser humano têm inspirado os cientistas e técnicos no fabrico de aviões, navios, radares, sonares, robôs, máquinas fotográficas, colas, fibras, etc.

O desenvolvimento da biomimética, disciplina através da qual os cientistas procuram soluções técnicas, observando a natureza, mostra isso mesmo.

A Wikipedia define a biomimética como consistindo na "aplicação dos métodos biológicos e dos sistemas encontrados na natureza ao estudo e ao design de sistemas de engenharia e tecnologia moderna".


Definições semelhantes abundam na internet.

Se partirmos do princípio de que tudo foi racionalmente criado, podemos avançar mais depressa na descoberta dos princípios lógicos, racionais e técnicos que estão subjacentes a toda a natureza criada.

Na verdade, um criacionista não tem que especular sobre o modo como todos os sistemas biológicos evoluiram aleatoriamente. Basta-lhe aceitar que foram racionalmente criados.

Na verdade, o facto de esses sistemas biológicos dependerem da tradução e execução de informação codificada é um claro sinal da sua origem inteligente, na medida em que não se conhece informação codificada sem uma origem inteligente.

Como se vê, um criacionista tem todas as razões e mais algumas para se sentir bem enquadrado neste tipo de investigação científica.

É que para ele, tal como para Isaac Newton, a ciência é isso mesmo: pensar os pensamentos de Deus depois de Deus, aprendendo com os seus modelos de design inteligente para deles extrair aplicações práticas.

Desidério Murcho disse...

E o que havemos de fazer às cavalgaduras que insistem em não ouvir a voz de Deus, pretendendo perdidamente fazer ciência — e viver a vida — sem Deus, num deserto espiritual e rumo à perdição eterna? Eu sugiro aulas na Universidade de Coimbra com o Doutor Jónitas Malhado, depois de umas sessões de assédio sexual — divino, claro — devidamente registado por vídeo para se mandar para o céu em Blue Ray. Ou será cor-de-rosa, neste caso? Estou a tergiversar. O importante é isto: Deus preparou o inferno para estas cavalgaduras que não querem reconhecer Deus, e portanto compete-nos a nós salvá-los desse terrível destino, dando-lhes a conhecer a Palavra do Senhor. Qual será a melhor maneira de fazer isso? É imperativo que o façamos, pois trata-se de salvar um ser humano! Nada nos pode deter. Talvez se possa fazer um exame religioso antes de um cientista entregar sua tese de doutoramento, para ver se o cientista tem conhecimento da Palavra do Senhor. E uma comissão encabeçada pelo Doutor Jónitas Malhado poderia ler cuidadosamente todas as teses de doutoramento e reprovar as que estiverem em desacordo com a Bíblia, que é a única Palavra de Deus.

Já agora, temos de arranjar também maneira de dar a volta aos católicos, que são também umas bestas, para não falar dos hindus, budistas e confucionistas. Talvez a ONU possa finalmente ter a coragem de declarar o verdadeiro cristianismo, o nosso, a única religião verdadeira?

osátiro disse...

excelente! Cheguei aqui via 5 dias (incrível!) e passa a ser um blog obrigatório.

osátiro disse...

tentei entrar no blog "perspectiva" e não consegui. Mas, pelo comentário fabuloso aqui expresso, seria interessante aceder ao blog. Thanks.

"O PODER DA LITERATURA". UMA HISTÓRIA, UM LIVRO

Talvez haja quem se recorde de, nos anos oitenta do passado século, certa professora, chamada Maria do Carmo Vieira, e os seus alunos do 11....