Eu assinei. Para mais informações ver:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/
Dirigimo-nos a Vossa Excelência apelando à Sua intervenção no sentido da defesa da Língua Portuguesa, tal como esta nos surge definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa.
Permita-nos, Vossa Excelência, o exercício do nosso dever cívico e obrigação de invocarmos a Lei Fundamental, designadamente no que tange aos deveres e obrigações que dela decorrem para todos os agentes do Estado, e, em especial, para o Presidente da República, enquanto primeiro e máximo representante do Estado. Estado a quem cabe, nos termos da alínea f) do artigo 9.º também da Constituição da República Portuguesa “[a]ssegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da Língua Portuguesa”.
Bem sabemos, Excelência, que, nos últimos anos, em concreto desde que o Estado impôs aos portugueses a aplicação de uma grafia que consideramos inconstitucional, tais deveres não têm sido cumpridos.
Esta não é uma questão de somenos importância. É um imperativo de cidadania. É um dever que nos é imposto pela Constituição da República Portuguesa. Trata-se, na verdade, da defesa do nosso Património Linguístico – a Língua Portuguesa – da nossa Cultura e da nossa História, os quais estão a ser vilmente desprezados.
Apelamos a Vossa Excelência que, nos termos consagrados na Constituição da República Portuguesa e no uso dos poderes conferidos ao Presidente da República, diligencie uma efectiva promoção, defesa, valorização e difusão da Língua Portuguesa.
Apelamos a Vossa Excelência que defenda activa e intransigentemente uma Língua que conta 800 anos de História.
Apelamos a Vossa Excelência que contrarie a imposição aos Portugueses da Variante Brasileira do Português, composta por um léxico que traduz acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas, e essencialmente baseado no Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943.
Apelamos-lhe, Senhor Presidente da República, que proporcione às nossas crianças a possibilidade de escreverem na sua Língua Materna - naquela em que escreveram Gil Vicente, Camões, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa, José Saramago e tantos, tantos outros -, ao invés de numa grafia desestruturada, incoerente e desenraizada das restantes Línguas europeias, que também estão a aprender (Inglês, Castelhano, Francês).
Apelamos a Vossa Excelência, ao Presidente da República Portuguesa, mas, também, ao académico e cidadão Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que recuse deixar às gerações futuras, como legado para a posteridade, a renúncia da nossa Língua, da nossa Cultura, da nossa História, de quase nove séculos.
Apelamos, em suma, a Vossa Excelência, que seja reconhecido e revertido o gravíssimo erro cometido e por via do qual o Estado Português adoptou o Acordo Ortográfico, anulando-o, e restituindo a Portugal e aos Portugueses a sua Língua.
Com os nossos melhores cumprimentos
sexta-feira, 28 de abril de 2023
APELO AO PR CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO:
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4 comentários:
Subscrevo, sem hesitar, este apelo para que se ponha termo, de uma vez por todas, a este acordo aberrativo, a que, como escritor, sempre me recusei a obedecer. Há uns tempos atrás, o nosso actual Primeiro Ministro, confrontado com um apelo idêntico, respondeu que não concordava com o acordo, mas que, já que aí estava, o melhor era ficar. Estranha resposta, na verdade! Por outras palvras, se eu for, numa autoestrada, a conduzir em contramão, já que o estou a fazer, o melhor é continuar. Ou ainda melhor: já que o Estado Novo já cá estava havia tanto tempo, teria sido melhor deixá-lo continuar.... Terá sido isto que o Sr. Primeiro Ministro quis dizer?
Eugénio Lisboa
Admitindo que a língua portuguesa tropicalizada seguirá por outros caminhos, em Portugal é, como património identitário, uma criação do nosso povo apurada pela pena dos nossos clássicos. Desvirtuá-la como faz este infame Acordo que nos foi imposto é um crime de lesa Pátria. Irei subscrever a petição e declaro-me solidário com o texto de Eugénio Lisboa.
Já subscrevi, totalmente de acordo contra o dito. É lamentável que só algumas editoras resistam, publicando em bom português; quando a páginas tantas de uma tradução surge um 'afeto' , um 'autorretrato' ou 'para-raios' fico tão furioso que ponho de parte e vou procurar uma tradução em francês ou inglês. As edições portuguesas, por mim, acabam por perder com o negócio do AO.
Totalmente de acordo.
O AO90 é um açordo aberrante, incongruente e incoerente.
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