sílaba a sílaba, bem contadas,
sem que a medida tenha cianeto
que assassine as palavras aladas?
Um soneto é como uma casa,
se mal calculada, ela desmorona.
Tal como na casa, nada transvasa,
o que a faria algo trapalhona.
Um rigor que acolhe a emoção
e, com elegância, abraça a ideia,
sem se tornar maçadora lição,
não merecerá que o leitor o leia,
com amorosa e séria atenção?
Visto que o rigor é inspiração?
Eugénio Lisboa
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