sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

O OLVIDO

O olvido. Inevitável. Absoluto.
Camilo Pessanha. 
Clepsidra 

O olvido é o que nos espera.
Inevitável, como é a morte.
Absoluto, como lisinha esfera.
Servindo, ao nada, de passaporte.

O olvido torna todos iguais:
iguais entre si e iguais ao nada.
Igualdade almejada pelos mais, 
pra quem a diferença era odiada.

O olvido, afinal, tudo alisa,
numa autêntica democracia:
no nada, já ninguém se encoleriza,

porque o nada a todos beneficia:
tanto vale aquele que foi a Pisa,
como aquele que não conseguiu Elisa!

Eugénio Lisboa

Sem comentários:

CINEMA EM ÉVORA, NOS ANOS 30 E 40

Por A. Galopim de Carvalho   Lembremos, porque nunca é demais saber, que a palavra “cinema” radica no grego, “kinema”, que quer dizer movime...