domingo, 26 de fevereiro de 2023

A VIDA INTEIRA

Quando li o romance A VIDA INTEIRA,
teria só os meus dezasseis anos,
abriu-se-me, ao futuro, uma clareira,
para mundos de gregos e troianos.

A autora era uma sueca,
Sally Salminen se chamava ela.
Teve, em Estocolmo, vida badameca,
de criada de servir, sem farpela.

Com esse romance, teve ela a glória,
mas nunca mais repetiu a façanha;
porém ficou, para sempre, na memória

de um rapaz pobre, cheio de sanha,
que, em África, vivia como ela,
pobre, à espera de saltar da sela!

Eugénio Lisboa 

Escrevi hoje este soneto, para me resgatar de não ter incluído, na lista de livros que marcaram a minha adolescência africana, este admirável romance: A VIDA INTEIRA (no original, KATRINA), numa tradução saborosa de Tomás Ribeiro Colaço. Escaparam também, imperdoavelmente, estes livros:
A AVENTURA EM BUDAPESTE, de Ferenc Körmendi;
DOIS VIVOS E UM MORTO, de Sigurd Christiansen;
OS DRAMAS DA INTERNACIONAL, de Pierre Zaccone.
E ainda, nada de acanhamentos, dois livros da Condessa de Ségur:
FÉRIAS e
MEMÓRIAS DE UM BURRO.
As dívidas pagam-se e nem todos os livros que nos marcam têm a estatura dos LUSÍADAS.
Para evitar comentários escusados, a minha lista é só de livros que me marcaram muito e não de todos os livros que li, na minha adolescência, até aos dezassete anos.

Sem comentários:

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...