O Centro Ciência Viva de Braga irá realizar o Café com Ciência no dia 8 de abril (sexta-feira) às 21.30h que contará com a presença dos cientistas João Paiva e Carlos Fiolhais.
O Café com Ciência é uma atividade gratuita mas requer inscrição através do geral@casacienciabraga.org
Resumo da atividade:
Thomas Kuhn na sua obra “A Estrutura das Revoluções Científicas" considera que "estamos muito acostumados a ver a ciência como um empreendimento que se aproxima cada vez mais de um fim estabelecido antecipadamente pela natureza.”
Nos séculos XVI e XVII, emergiu na Europa a chamada Revolução Científica que conduziu a uma nova conceção da ciência, baseada no método científico. Essa revolução beneficiou com o desenvolvimento de nova instrumentação e buscou apoio na matemática. Coincidiu com o nascimento de sociedades científicas e culminou com a formação de uma comunidade científica com regras e práticas acordadas. Este processo de institucionalização conduziu à fragmentação de saberes: isto é, o surgimento de disciplinas científicas específicas e distintas, como a Química, a Biologia e a Geologia.
A Física continua a sua tentativa de uma visão unificada. Hoje em dia, contudo, a lei única, capaz de explicar todo o Universo parece estar longe de ser alcançada. Embora os físicos tenham construído, com base na teoria quântica, um modelo padrão capaz de explicar todas as partículas conhecidas e todas as forças fundamentais, tiveram de deixar de fora a misteriosa gravitação. Por outro lado, têm que lidar com o facto de esse modelo apenas se aplicar a 4% do Universo conhecido.
Kuhn escreveu: “É realmente útil imaginar que existe uma explicação da natureza que seja completa, objetiva e verdadeira e que a medida do êxito científico seja o ponto a que ficamos de atingir esse fim último?».
A ciência do século XXI parece, por vezes, ignorar algumas das grandes questões filosóficas que marcaram a História da Ciência. Que futuro têm as ciências e o seu cruzamento num mundo cada vez mais digital?
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