São muito boas as guerras
prós que a elas não vão:
nas guerras, ganham-se terras,
mas não são para o povão.
2
prós que a elas não vão:
nas guerras, ganham-se terras,
mas não são para o povão.
2
Nas guerras, manda quem pode,
e pode quem muito vende:
o pobre é quem se fode,
porque morre e não entende.
e pode quem muito vende:
o pobre é quem se fode,
porque morre e não entende.
3
As fábricas de matar
são muito ambiciosas:
não podem nunca parar
porque são muito custosas!
são muito ambiciosas:
não podem nunca parar
porque são muito custosas!
4
Mais se morre,mais se vende:
um avião metralhado,
novo avião subentende
- eis negócio consumado.
um avião metralhado,
novo avião subentende
- eis negócio consumado.
5
Quanto mais bombas rebentam,
mais bombas há que comprar
e só ruínas lamentam
os que não sabem ganhar.
Quanto mais bombas rebentam,
mais bombas há que comprar
e só ruínas lamentam
os que não sabem ganhar.
6
A guerra é um grande negócio,
para quem sabe viver
para quem sabe viver
e tira os madraços do ócio,
dando-lhes um bom morrer.
7
Os que ordenam matar
vão depois beber à glória
que se há de registar
nos compêndios de História!
Eugénio Lisboa
1 comentário:
"Mas a verdade é que não só nos países autocráticos como naqueles supostamente livres - como a Inglaterra, a América, a França e outros - as leis não foram feitas para atender à vontade da maioria, mas sim à vontade daqueles que detêm o poder."
Leon Tolstói
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