domingo, 8 de julho de 2018

Terra no afélio

Informação do Observatório Astronómico de Lisboa:
Imagens do periélio (direita) e afélio (esquerda) obtidas em 2008. É evidente nesta imagem a diferença de diâmetro angular é de pouco mais de 3% entre as duas situações. Crédito: Nasa
No dia 6 de julho de 2018 pelas 18 horas, a Terra passará no ponto mais afastado do Sol, o afélio, a uma distância de 1,016696059 unidades astronómicas (UA). Ver-se-á o Sol mais pequeno do ano porque o seu diâmetro aparente (angular) atingiu o valor mínimo: 31,46’ (minutos de arco). Apesar do diâmetro verdadeiro do Sol se manter fixo (1,393 milhões de km), o ângulo observado entre o extremos esquerdo e direito do disco solar (diâmetro aparente) diminui ou aumenta, consoante a distância ao Sol se altera.

A distância média da Terra ao Sol é de 1 UA (Unidade Astronómica), ou seja 149,6 milhões de quilómetros. Na translação terrestre (movimento elíptico em torno do Sol) a distância solar varia diariamente: no periélio está mais próxima e no afélio está mais afastada deste.
Nota:
Embora a Terra esteja no afélio isso não impede que no hemisfério norte estejamos na época mais quente do ano (Verão). As estações do ano não dependem da distância ao Sol (que varia pouco porque a nossa órbita elíptica é quase circular) mas sim da inclinação do eixo da Terra em relação ao seu plano orbital.

1 comentário:

Halley disse...

Que chatice estas diferenças de diâmetro que o pessoal nem nota . O batalhão inteiro, distraído.
As leis de Kepler no sistema solar... Todos os planetas têm uma órbita elíptica.
A seguir, as excentricidades das órbitas em relação ao Sol, exceto no caso da Lua (que foi calculada em relação à Terra):
Mercúrio - 0,206
Vénus - 0,007
Terra - 0,017
Marte - 0,093
Júpiter - 0,048
Saturno - 0,056
Urano - 0,047
Neptuno - 0,009
Lua - 0,055

Plutão tem a enorme excentricidade de 0,25.

Os cometas têm uma excentricidade extrema. Passam próximo do Sol muito depressa, mas o seu afélio está tão distante que a sua velocidade aí é praticamente nula. Assim, é expectável que estejam quase todos imóveis quando se movimentam a grande distância, pelo que nesse "lugar" haverá uma grande densidade de cometas - a Nuvem de Oort. Espontaneamente, devido a perturbações causadas por outros corpos celestes próximos, um deles cai, acelera à medida que se aproxima do Sol e, após passar pelo periélio, desacelera até retornar ao afélio, onde a velocidade volta novamente a ser praticamente nula.

Interessante, não é?

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