Informação do Observatório Astronómico de Lisboa:
Celebram-se hoje precisamente 49 anos da chegada do Homem à Lua.
O início da corrida ao 
espaço é marcada pelo envio do primeiro satélite artificial em 1957: o 
Sputnik, lançado pela URSS. Em 1961 é colocado o primeiro homem em 
órbita (o soviético Yuri Gagarine). Nessa ocasião, em plena época de 
guerra fria e de confronto entre as duas potências, EUA e URSS, o 
presidente John F. Kennedy lança o desafio de colocar um homem na Lua e 
de o fazer regressar em segurança antes do final da década. Inicia-se 
então uma verdadeira corrida contra-relógio: um programa intensivo de 
desenvolvimento científico e tecnológico e de formação de astronautas 
que culminou na alunagem a 20 de Julho de 1969.
A missão Apollo 11 leva o
 homem à Lua. No módulo de comando encontrava-se Michael Collins a 
orbitar a Lua, enquanto os astronautas Neil Armstrong e “Buzz” Aldrin 
desciam para o Mar da Tranquilidade. O módulo lunar aterra às 16:18 EDT 
(21:18, hora em Portugal), 4 dias, 6 horas e 46 minutos após o 
lançamento. Ás 22:56 EDT Armstrong desce a escada, deixando a primeira 
pegada na Lua, e proclama a célebre frase: “Este é um pequeno passo para
 um homem, um salto gigante para a humanidade”, perante uma assistência 
de mais de meio mil milhões de telespectadores. “Buzz” Aldrin junta-se a
 ele e exclama: “desolação magnífica”. Os 2 astronautas permanecem na 
Lua por 22 horas, mas apenas duas horas e meia no exterior do módulo 
lunar. Durante esse tempo recolhem amostras e tiram fotografias. Colocam
 também uma placa numa das pernas do módulo que diz: “Aqui os homens do 
planeta Terra puseram os pés pela primeira vez sobre a lua. Julho de 
1969 AD. Chegamos em paz por toda a humanidade.” Os três astronautas 
regressam sãos e salvos.
Até 1972, mais 5 missões 
Apollo alunaram com sucesso, havendo até hoje um total de apenas 12 
pessoas que já estiveram na Lua e um total acumulado de 300 horas de 
presença humana na Lua. Gene Cernan, o comandante da última missão 
Apollo, deixa a superfície lunar com estas palavras: “Partimos como 
viemos e, se Deus quiser, como voltaremos, com paz e esperança para toda
 a humanidade”.
As missões Apollo 
realizaram o antigo sonho da humanidade de alcançar a Lua. Permitiram 
também a realização de experiências em várias áreas da física, geologia e
 microgravidade. Nomeadamente os retro-refletores colocados na Lua pelas
 missões Apollo 11, 14 e 15, permitem até hoje monitorizar a distância à
 Lua com uma precisão de centímetros. Estes dados têm permitido estudar a
 estabilidade da constante de gravitação de Newton, testar a teoria da 
relatividade geral, e constatar que a Lua se afasta da Terra ao ritmo de
 3.8cm por ano (devido a forças de maré). Além disso esta aventura 
extraordinária produziu progresso em diversas áreas, desde as 
telecomunicações, a ciência de materiais até à própria gestão de grandes
 projetos.
Com o final do programa 
Apollo, o foco da exploração espacial tripulada passou para viagens de 
curta duração como o programa dos vaivéns espaciais e das viagens à 
estação orbital internacional, até ao próximo objetivo: a conquista do 
planeta Marte.

3 comentários:
E no entanto há iluminados que continuam a achar que isto foi tudo uma grande encenação. Enfim. Suponho que num mundo onde haja pessoas a acreditar numa "Terra Plana" ou num "Universo Eléctrico", isso não seja assim tão estranho.
O problema não é o cidadão vulgar achar que tudo não passou de uma encenação. A gravidade é professores universitários acharem que foi real, tendo em conta o contexto e o estado tecnológico dos anos 60. Como sempre, o senso comum, a sabedoria do povo sempre este mais certa do que as elites. E contra factos, não há argumentos!
Sabe, devia esforçar-se mais para a sua resposta não parecer tão sarcástica. Assim dá para perceber perfeitamente que não está a falar a sério.
Mas vamos fingir que eu mordo o isco: Wow, explique-me lá isso! Que provas tem de que não foi real?
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