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1 comentário:
Professor, confirme a minha suspeita.
A geometria de Euclides é um bocado Frankensteiniana... Aquela ideia de que um ponto não tem tamanho e se situa na dimensão 0; um segmento de reta só possui comprimento e portanto, dimensão 1; uma superfície, dimensão dois (comprimento + largura) e um corpo sólido, dimensão 3 (associando às duas anteriores profundidade ou altura) é uma ideia fragmentária da existência que não tem pés nem cabeça... a não ser no âmbito da decomposição tridimensional. Não existem por si só, dimensão 0, 1 e 2. Tudo o que existe é tridimensional, um todo por si, unidade acabada. Não veio à existência aos bocados. É como as palavras... surgiram inteiras, não por sílabas, embora as sílabas as decomponham (por si só não têm significado).
Uma coisa é a representação do objeto no plano (abstrato, imaginário), outra é o objeto real. O mundo surgiu inteiro na dimensão 3. A matemática inventou o resto.
Além disso, pensando bem, também desconfio das retas. Na realidade, as retas são curvas. Sim ou não? Pense em grande, macro-distâncias. O referencial não é esférico? A Terra tem a forma de uma esfera e o universo é curvilíneo. Então a reta representa exatamente o quê? Pura abstração. Por isso, é complicado, para alguns, acreditar que as retas paralelas (euclidianas) nunca se encontram. Pois, se não existem... Ah, ah! Como não existem, podemos assumir uma visão projetista e aí, encontram-se. Se olhar para o fundo de dois carris e nunca fizermos a viagem, eles terminam num ponto. E isto é tão verdade como serem infinitamente paralelas. Acreditar vendo ou acreditar pensando? Qual é a verdade?
Depois, há o problema da tradução do infinito em linguagem. Como se traduz? Pelo indefinido?
Cose ali, cose acolá, ó mago zarolho!
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