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1 comentário:
Nada melhor que as férias para nos esvaziarmos de nós e favorecermos, tanto quanto possível, a contemplação. O inesperado e imprevisível acontece sempre que somos capazes de "morrer" um pouco a contemplar a vida. A contemplação é um processo vital inteligente que não tem nenhuma finalidade senão olhar e deixar que o pensamento surja do nosso estado de despojamento perante o que está fora, sendo que nós próprios estamos fora.
Como é bom atentar nestas asserções, desejar decifrá-las, ou , pelo menos, contextualizá-las e fixar-lhes algum significado, e darmos conta de que algumas palavras (ditas, pensadas, escritas), se realmente estão no espaço ou ocupam espaço, por muito parco, não deixam de ser o lugar imenso, incomensurável, talvez um raro exemplo do que se possa designar (o maior) vazio, no (mínimo) espaço (não em muito como no grafitti).
A física e a química, suponho eu, já devem ter determinado as leis segundo as quais o poder é como o espaço (ambos têm horror ao vazio). Mas terão já encontrado a explicação para o facto de o vazio existir (há tanto tempo)?
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