sábado, 29 de abril de 2017

Audição parlamentar sobre o Acordo Ortográfico


Audição parlamentar de Helena Carvalhão Buescu, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, no âmbito do Grupo de Trabalho para a Avaliação do Impacto da Aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 (18/04/2017) aqui.

5 comentários:

Raúl Mesquita disse...

Sendo sintético, qualidade que falta, a meu ver, à escrita portuguesa, e pior, à sua locução, sou absolutamente contrário a este acordo ortográfico porque tem implicações graves na Fonética (já comprovadas por mim na região de Lisboa) Ex: a "fâtura" chegou mais cedo. Poderia citar centenas de outros. Se querem uma mudança também fonética, então, tivessem tido a hombridade de dizer. Ou não a esperavam? Caso estranho, para linguistas!
Com os meus cumprimentos,
Raúl Mesquita.

beijo de mulata disse...

Como pediatra do desenvolvimento considero extremamente importantes os passos que foram dados no sentido de tornar a ortografia mais transparente, dado que a velocidade de aquisição da leitura é extraordinariamente maior nas línguas com ortografia "transparente", como o finlandês do que nas línguas com ortografia "opaca", como a língua inglesa. Não é o único fator, é certo, mas os finlandeses têm 5% de dislexia e os países de língua inglesa têm pelo menos o triplo. E se considerarmos que a leitura é essencial para a aprendizagem temos um valor inestimável!

Por outro lado, em Portugal sempre se escreveram palavras como "padeiro", "corar", "caveira", "credor", e uma infinidade de outras palavras com vogais átonas abertas, não assinaladas por ‘letra muda’, nem qualquer outro sinal gráfico, sem que isso cause qualquer perturbação.

Existem muitas imperfeições e inconsistências, sobretudo na hifenização, mas o saldo, quanto a mim, é muito positivo.

Quando coloco uma criança com dislexia a ler um texto escrito na grafia pré-acordo, a sua compreensão é muito menor. E não serve só para os 5% que têm dislexia, mas para todos os outros que estão a aprender!

Anónimo disse...

beijo de mulata, mas que comentário mais disparatado e utilitarista. No meio do seu raciocínio há um mundo de interferência com que nem conta, pelo que desculpe, mas "o cú nada tem a ver com as calças".

Anónimo disse...

Bela maneira de falar sem dizer nada. De facto o seu comentário não acrescentou nadinha à conversa, pelo que a sua expressão até se aplica a si.

Anónimo disse...

Supõe-se então que, para as crianças disléxicas, "padeiro", "corar", "caveira" e "credor" não constituem qualquer problema ortoépico. Espantoso...
Para os pediatras do desenvolvimento tipo "beijo de mulata" o melhor será então não haver escrita, pois assim as crianças disléxicas deixarão de ter QUALQUER problema!

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...