Foi no quadro da indústria alemã, onde a robotização é muito
visível (basta olhar para uma moderna linha de montagem de automóveis), que
surgiu o termo “Indústria 4.0”, tendo em 2012 sido criado pelo governo federal
um grupo de trabalho para fazer um exercício de prospectiva. Concluíram que os
processos de manufacturação irão funcionar através de sistemas complexos de máquinas, instalações,
produtos e logística, onde não poderão deixar de estar presentes o pensamento e
a mão humanas. Os desafios são múltiplos e temos, desde já, de nos
interrogar sobre o papel que fica para os humanos, em particular sobre os
perfis profissionais previsíveis as
novas necessidades de formação.
Parece claro que, na senda das revoluções industriais anteriores, a intervenção humana nas fábricas passará a ser cada vez mais de criação e não de execução. Tal significa que alguns empregos que hoje existem vão deixar de existir: não é novidade, uma vez que temos assistido tanto na indústria como nos serviços a processos de substituição do homem em tudo o que sejam tarefas repetidas. Uma máquina faz melhor apertar da mesma maneira repetidas porcas do que um operário do tipo de Charlot em “Tempos Difíceis”, mas a robotização coloca questões sociais importantes, às quais a economia e a política têm de responder. Mas tal também significa que cada vez vai ser necessário usar a criatividade humana a um nível superior, o que significa que cada vez mais ser necessária uma preparação superior. Também aqui não é nada de absolutamente novo: a sociedade tem cada vez mais percebido o valor do ensino superior, seja ele universitário ou politécnico. Não admira que, na formação básica e secundária, se tenha caminhado no sentido de proporcionar um cada vez melhor e mais amplo acesso ao ensino superior.
Parece claro que, na senda das revoluções industriais anteriores, a intervenção humana nas fábricas passará a ser cada vez mais de criação e não de execução. Tal significa que alguns empregos que hoje existem vão deixar de existir: não é novidade, uma vez que temos assistido tanto na indústria como nos serviços a processos de substituição do homem em tudo o que sejam tarefas repetidas. Uma máquina faz melhor apertar da mesma maneira repetidas porcas do que um operário do tipo de Charlot em “Tempos Difíceis”, mas a robotização coloca questões sociais importantes, às quais a economia e a política têm de responder. Mas tal também significa que cada vez vai ser necessário usar a criatividade humana a um nível superior, o que significa que cada vez mais ser necessária uma preparação superior. Também aqui não é nada de absolutamente novo: a sociedade tem cada vez mais percebido o valor do ensino superior, seja ele universitário ou politécnico. Não admira que, na formação básica e secundária, se tenha caminhado no sentido de proporcionar um cada vez melhor e mais amplo acesso ao ensino superior.
Não podendo nós adivinhar o futuro, podemos porém indicar
tendências. E parece provável que, numa sociedade onde a indústria funciona em
rede, a escola, seja a básica e secundária
seja a superior, deve preparar para um funcionamento em rede. Numa
sociedade onde há mudanças rápidas há que preparar para a mudança. A informação
já está e estará cada vez mais acessível em todo o lado e há que saber não
apenas recolhê-la, mas sobretudo interpretá-la e, a seguir, saber tomar as
melhores decisões. Tudo isto em equipa. Como devem as escolas, os professores,
os currículos adaptar-se às novas exigências são questões em aberto. Nessa
reflexão, convém não esquecer o essencial. É preciso cima de tudo assegurar que
o mundo permaneça humano, o que quer dizer que a sociedade não deverá
nunca ver as tecnologias como um fim mas
sim como um meio.
3 comentários:
Gulag 2.0, isso sim é a Indústria 4.0
a indústria 4 -0 não tem implicações na educação , o homem é sempre igual . Só de o ler fiquei com a cabeça à roda , de tanta mudança.. Suponho é que terá de haver um curso de formação na escola a ensinar a trabalhar com impressoras 3D ... A primeira coisa a imprimir é um robot que faça a faxina :) A indústria 4-0 com as impressoras 3D tem a vida muito difícil , de aí os da robótica terem "perdido" o interesse nelas :)
Oi Carlos, muito interessante seu artigo!
Gostaria de aproveitar para citar também outra fonte sobre o tema Indústria 4.0 para quem tiver interesse:
https://www.automacaoindustrial.info/industria-4-0/
Espero que seja de ajuda!
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