No Correio da Manhã de hoje, Pacheco Pereira, político e historiador, fala sobre a ideia contemporânea, muito partilhada, de que as humanidades são inúteis. E, no estrangeiro onde estava, disse haver em Portugal uma desvalorização do latim, da literatura clássica, da filosofia.
Os argumentos que usa não são novos, mas é importantíssimo que venham a lume, que se repitam. Talvez por essa via se consiga mudar o destino tanto das humanidades como das artes e das componentes das ciências que desapareceram por não lhes ver utilidade.
Este argumento de "utilidade" tem terraplanado tudo o que não parece ter aplicação imediata numa prática laboral, empresarial ou financeira.
"A aparente inutilidade das humanidades é um recuo civilizacional muito significativo", disse. E, na verdade, é: o que resta de nós sem a cultura "inútil"? Muito pouco...
Lamentavelmente, nas universidades, onde esta discussão deveria ter lugar, a orientação é outra: assumindo-se como empresas servem outras outras empresas, que já ditam, aliás, os seus rumos.
Vale a pena ler o pequeno artigo, aqui.
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O (DES)PRESTÍGIO DAS HUMANIDADES
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