A mercantilização da ciência, a pressão para produzir e publicar muitíssimo, os reluzentes prémios e patentes no horizonte, a avaliação do desempenho e das instituições com base nisto tudo e, claro, a tão humana ambição, no caso, de se obter reconhecimento e (porque não?) glória, no meio académico e empresarial, que cada vez são um só, cria ou potencia a tentação. São muitos os que caem nela!
Em nome da "verdade objectiva" (valor a que a ciência tem de obedecer porque é ele que lhe dá sentido) aperta-se o cerco em várias frentes: a "revisão por pares" e os "caçadores de fraudes", são duas delas.
A rápida circulação da informação, sobretudo por via da internet, intensificou o "jogo do gato e do rato": se num momento nos é dada a ver a fulgurante subida de uma nova estrela ao céu das celebridades da ciência, noutro momento, não muito distante, é-nos dada a ver o seu tombo desamparado. A comunicação social acompanha ao vivo e em directo ambos os momentos.
Há muito pouco tempo, soube há poucos dias, aconteceu isso com uma jovem cientista portuguesa que era (prefiro pensar que ainda é) uma promessa internacional. Neste caso, a mesma fotografia serviu para noticiar a sua ascensão e a sua queda.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
OS OLHOS DE CAMILO
Meu artigo no mais recente As Artes entre as Letras: É bem conhecido que Camilo Castelo Branco (1825-1890), o grande escritor português (mui...

-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Não Entres Docilmente Nessa Noite Escura de Dylan Thomas (tradução de Fernando Guimarães) Não entres docilmente nessa noite seren...
-
Por A. Galopim de Carvalho Como no tempo da lenda, todas as primaveras, o amendoal alentejano cobre-se de fores branca como se de neve se ...
Sem comentários:
Enviar um comentário