Em 2015, a bióloga
portuguesa Bárbara Teixeira subiu ao
palco do Cheltenham Science Festival, em Inglaterra, na final internacional do
FameLab 2015, para falar sobre a metamorfose da borboleta. E este ano? Quem irá
representar Portugal na final internacional do FameLab 2016? Poderá ser o
leitor. Para isso, saiba que estão abertas, até dia 28 de Março, as inscrições
para a edição deste ano.
O FameLab é
um concurso internacional de Comunicação de Ciência ao qual podem concorrer qualquer pessoa com idade igual ou superior a 18 anos
e que trabalhe ou estude nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia ou
matemática. O concurso não se destina a profissionais da comunicação ou das
artes. Os concorrentes têm de mostrar os seus talentos numa performance
de três minutos num palco, frente a uma audiência ao vivo.
Para se
candidatarem, os concorrentes têm de enviar até dia 28 de Março um vídeo
caseiro (pode ser feito com a câmara do telemóvel) com uma apresentação de três
minutos sobre um tópico de ciência ou tecnologia. Os candidatos que forem
pré-seleccionados participam numa semi-final pública (que terá lugar na
Fundação Calouste Gulbenkian no dia 9 de Abril), onde um júri seleccionará os
dez melhores, que concorrerão em seguida numa final nacional (no Pavilhão do
Conhecimento, a 7 de Maio). Desta competição sairá o representante nacional que
deverá participar na final internacional, no Cheltenham Science Festival, no
Reino Unido, de 7 a 12 de Junho deste ano.
Antes da
final, os dez finalistas têm a oportunidade de frequentar uma Masterclass nos
dias 16 e 17 de Abril. Esta formação intensiva será conduzida por Malcom Love, antigo
produtor da BBC, que é consultor de coaching em comunicação de ciência e dirige
workshops onde ajuda os cientistas a comunicar melhor com o público e com os
Media. Vários testemunhos de participantes de edições anteriores
sublinham a gratificante experiência vivida e adquirida nas Masterclass do
FameLab. São uma oportunidade única de “melhorar as competências de
comunicação” num “ambiente divertido, enérgico e informal”.
As
candidaturas com envio dos vídeos devem ser feitas através do site do concurso
FameLab, onde os concorrentes podem encontrar todas as
informações relevantes sobre a sua participação e ver as apresentações
finalistas nas edições dos anos anteriores.
Para Filipa
Oliveira, vencedora na edição de 2012, “é importante divulgar conceitos
científicos para que a sociedade compreenda o verdadeiro valor e a importância
da ciência. Além disso, este concurso obriga a conjugar em três minutos várias
características de uma boa comunicação, e conseguir equilibrar tudo em tão
pouco tempo, é de facto interessante e estimulante.”
“Se estão a
hesitar por medo ou insegurança”, diz Leonor Medeiros, vencedora da edição de
2011, que se confessa “aterrada” quando foi à primeira eliminatória, “esse
motivo não é nada válido para deixar passar uma experiência que vai alterar o
modo como olham e transmitem a vossa ciência, seja ela qual for. Se o motivo
for falta de tempo, só posso dizer que, se chegarem à final, qualquer tempo que
tenham gasto a participar será recompensado com uma experiência única e muito
enriquecedora. Avancem, arrisquem, divirtam-se!”
Fica aqui o
desafio. Escolha um assunto de ciência ou tecnologia que queira contar aos
outros, pegue numa câmara, faça um vídeo de três minutos e participe.
Em Portugal,
o FameLab é organizado pela sétima vez pela Ciência Viva - Agência Nacional
para a Cultura Científica e Tecnológica, pelo British Council e pela Fundação
Calouste Gulbenkian. O concurso FameLab foi lançado em 2005 no Reino Unido pelo
Cheltenham Science Festival e conta actualmente com mais de vinte países
participantes, entre os quais muitos países europeus mas também Hong Kong,
Egipto, África do Sul, EUA e Austrália.
António Piedade
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