Resolução da Assembleia da República n.º 17/2016
A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que inicie um processo de reflexão e debate democrático amplo e alargado a toda a comunidade educativa, de modo a que se definam objetivos para uma real e profunda reforma curricular.Situando-me na Escola Pública, a escola que é para todos,
Aprovada em 8 de janeiro de 2016.
O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues
- digo sim se essa reforma curricular se traduzir num compromisso simples e honesto entre o Ministério da Educação, as Escolas e os Professores em ensinar às crianças e aos jovens o que, para seu próprio bem, a escola tem o dever de lhes ensinar e de modo que eles efectivamente aprendam. Será uma "profunda reforma curricular" centrada no "currículo que se ensina" e no "currículo que se aprende", que nessa medida, passará despercebida, sem suscitar títulos de jornais, sem se socorrer de estratégias demagógicas, sem ter ganhos eleitorais.
- digo não se essa reforma curricular se traduzir na recorrente insistência em revogar e homologar mais umas dezenas de documentos curriculares, que se irão juntar às muitas centenas de orientações e de directrizes acumuladas (e esquecidas) na página online da Direcção Geral da Educação. É certo que o "currículo que se determina" tem de se encontrar actualizado, mas também tem de ser estável e, sobretudo, tem de assentar numa reflexão filosófica segura e em conhecimento pedagógico e disciplinar fiável. A determinação política do currículo não pode (não deveria) continuar a depender como depende da orientação partidária de momento e do interesse que lhe está agregado de ostentar a ideia de mudança inequivocamente melhor do que a anterior.
4 comentários:
Talvez não venha a propósito...
mas, hoje, o meu neto
ensinou-me uma forma
de premiar o mérito
e, sobre seu escrito
pode tirar um colante:
aprovo
Agradecimentos aceites!
A uma reforma real e profunda nunca deverá escapar o abordar da questão do Acordo Ortográfico e da própria terminologia linguística.
Não esquecer que o 1º Ministro já admitiu num debate televisivo que apesar de discordar do AO90, não pensa mexer na questão. E desculpa-se, comparando o AO90 com a reforma de 1945, que ele próprio viveu. O que é uma cretinice! Com esta gente o progresso vem sempre com a mudança, cuidado!
Absolutamente de acordo condigo, Profª Helena Damião.
Dados: entre 2000 e 2009 Portugal estava a progredir a olhos vistos. A partir de 2009 estagnou. Estou curioso para ver os resultados do PISA 2015 para aferir mais sobre o período 2012-2015. Se os resultados se mantiverem estagnados ou regredirem, poderemos tirar conclusões sobre os programas que estavam em vigor antes e os que estiveram após "a crise". Não se brinque aos "achismos" sem dados. Eles existem, usem-se para se chegar a consensos.
http://www.aqeduto.pt/foruns-aqeduto/
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