domingo, 9 de fevereiro de 2014

SOBRE A POLÍTICA DE EMIGRAÇÃO-IMIGRAÇÃO OU A FALTA DELA

Eu não percebo porque o que uns membros do governo dizem e fazem contraria o que outros membros do mesmo governo dizem e fazem. Não temos um governo, mas uma colecção de governantes avulsos. O Conselho de Ministros e o Conselho de Secretários de Estado não passam de ficções. Seria excelente que os governantes se reunissem e concordassem ou não se se deve ou não incentivar a emigração de jovens portugueses qualificados e se deve incentivar a imigração de portugueses ou estrangeiros também qualificados.

Evocando o "espírito universal do português", Miguel Relvas e Pedro Passos Coelho queriam que os portugueses mais qualificados se espalhassem pelo mundo. É como se quisessem governar sem governados. Agora o secretário de Estado Pedro Lombo e talvez Pedro Passos Coelho querem que os portugueses e até estrangeiros mais qualificados venham para cá. É como se quisessem mais governados, por lhes estarem a faltar os que tinham.

Que se entendam. Eu tenho há muito uma opinião: é um erro trágico para  todos a política de favorecimento da emigração de jovens qualificados que está a ser concretizada na prática com os actuais cortes drásticos de bolsas. Enquanto liquidam as esperanças aos de dentro não podem estar a cantar melodias a quem está longe. Como diz um dito popular: "Enquanto se capa não se gaita".

Sem comentários:

50 ANOS DE CIÊNCIA EM PORTUGAL: UM DEPOIMENTO PESSOAL

 Meu artigo no último As Artes entre as Letras (no foto minha no Verão de 1975 quando participei no Youth Science Fortnight em Londres; esto...