segunda-feira, 8 de abril de 2013

E.. também experiências como a maternidade

O generoso reconhecimento, validação e certificação de competências, de que tenho falado em textos anteriores (por exemplo, aqui), vai tornar-se mais... generoso. A notícia é da jornalista Kátia Catulo e foi publicada no passado dia 4, no Jornal I. Os extractos que se seguem são da sua autoria.

"Se cumprirem o acordo alcançado nas últimas semanas, os 27 países da União Europeia vão ter em 2018 regras comuns para validar os conhecimentos que um português, um grego ou um italiano adquiriram fora da escola. Há mais de uma década que esta ideia andava a marinar nas instituições comunitárias sem nunca sair do papel. Agora, perante as estatísticas que demonstram que um quarto dos jovens europeus está sem qualquer ocupação profissional (38,2% dos portugueses), a UE a defende que esta missão é urgente.
(...)
Tão urgente que a comissária para a Educação, Androulla Vassiliou, queria o novo regime já em 2015, numa tentativa de melhorar as perspectivas de emprego jovem. A maioria dos estados-membros teve dúvidas de que conseguiria pôr no terreno o projecto com um calendário tão apertado e decidiu prolongar o prazo por mais três anos"
(...)
O certo é que a decisão está tomada e, em 2018, os 27 países da UE terão de disponibilizar aos europeus as ferramentas e os meios para poderem certificar dois tipos de conhecimentos: em primeiro lugar a educação formal, como cursos, workshops ou qualquer outra formação que envolva professores e alunos; em segundo lugar as aprendizagens adquiridas fora da sala de aula, sejam línguas aprendidas no estrangeiro, seja a participação em programas de voluntariado, as práticas de liderança em associações ou mesmo experiências como a maternidade (educação informal).
(...)
O problema, contudo, são os preços. As taxas para se ter acesso a um processo de validação em França podem chegar a mil euros, segundo a Comissão Europeia. O consenso agora alcançado entre os 27 países é que todos os cidadãos deverão ter a mesma oportunidade para pedir um reconhecimento oficial sem se sujeitar a burocracias e encargos pesados. A União Europeia, no entanto, não define referências máximas ou mínimas, mas ressalva que o processo deve ser acessível a todos."

Pode ler mais aqui.

7 comentários:

José Batista disse...

Bom, passar papéis a todos não deve ser difícil. A não ser entre nós, em que é preciso fazer dinheiro e as pessoas não vão ter com que pagar.

Tudo isto é muito curioso, tanto mais que a minha escola foi das que recentemente foi obrigada a formar um agrupamento, apesar de contar com cerca de dois mil alunos, parte deles do ensino profissional...

E será que, em 2017, a União (curioso nome!) Europeia ainda vai ter 27 membros, entre os quais Portugal?...

A Europa vai por bom caminho, vai!
E nós aqui na beirada...

maria disse...

a corte de bruxelas está cada vez mais ridícula. a maior parte dos cozinheiros/as sem curso nenhum ( e são muitos )de restaurante nunca o teriam sido se em vez do patrão , ou clientes , lhes ter "validado as competências" de borla tivessem tido de pagar mil euros por isso. para cobrarem umas taxinhas até fazem o pino , santa paciência.

augusto kuettner disse...

Dá para ainda acreditar na U. E??????

Não acho!

José Batista disse...

Estimada Professora Helena Damião

Vim aqui de propósito para lhe pedir um pequeno favor, se é que tem cabimento: Esta manhã, cerca das 07.50 horas, ouvi, como é meu costume, o pequeno programa de João Gobern, intitulado "pano para mangas", na rádio "antena 1". Foram (apenas) três ou quatro minutos (se tanto) a abordar o abandono e o insucesso no ensino, o problema da avaliação, etc. Fiquei absolutamente maravilhado com o que ouvi. Nunca, em tão pouco tempo (nem em muito...) tomei conhecimento de alguém que afirmasse tão meridianamente o que alunos, pais e restantes cidadãos do país, em minha opinião, precisam de ouvir, interiorizar e promover sobre as nossas escolas. O favor que lhe peço é este: ouvir o dito programa, se o não ouviu, e recomendar que outros o oiçam.

Claro que isto é apenas um pedido, a que me atrevi, que pode considerar mais ou menos ou nada legítimo, como está bom de ver.

Muito obrigado.

PS: Tal foi o meu entusiasmo a ouvir João Gobern esta manhã, que até a sequência ininterrupta de aulas das 08.20 até às 13.20 me correu maravilhosamente. Ou assim o senti.

Anónimo disse...

Ideias ao dinheiro...

Anónimo disse...

Diplomas para gamanço, trafulhice e afins. Fantástico!!!

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Por gentileza o dono deste termo: trafulhice
aposente-se.


Faça mala. E, boas férias!


Dê preferência a mala cara, couro de jacaré.

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