Meu artigo no último JL:
Como o final do ano é época de balanços, faço aqui um balanço dos livros de ciências publicados em Portugal no ano de 2023. Escolhi quinze títulos, que aqui estão ordenados por ordem alfabética do apelido do autor:
- Alexandre de Angelis, Galileu em Pádua, Gradiva. Trad. de Bárbara Villalobos (revisão científica minha). Um astrofísico italiano conta, usando fontes da época, os anos que foram mais felizes na vida de Galileu: os que passou como professor em Pádua, que culminaram com as suas descobertas com o telescópio.
- Jorge Cham e Daniel Whiteson, Perguntas Frequentes sobre o Universo, Desassossego. Trad. de Joana Honrado. Prefácio de David Marçal. Um cartunista doutorado em Robótica e um físico, autores de «Não fazemos ideia, respondem aqui a muitas questões, com figuras cativantes.
- Albert Einstein, Os Diários de Viagem, ed. Zee’ev Rosenkranz, Gradiva. Trad. minha. O grande físico fez há cem anos uma grande viagem ao Japão, à Palestina e a Espanha, passando por vários outros sítios, que aqui é contada através dos seus diários.
- Florian Freisteter, A Histórias do Universo em 100 Estrelas, Planeta, Trad, de Alex Tarradellas e Rita Custódio. Um astrónomo e divulgador austríaco apresenta-nos uma enciclopédia de estrelas. Todas diferentes e todas à sua maneira notáveis.
~Michio Kaku, Supremacia Quântica, Bertrand. O físico norte-americano de origem japonesa conhecido pelos seus livros prospectivos fala de computação quântica, que, para certos problemas, já superou a computação que conhecemos.
- Kai-Fu Lee e Chen Qiufan, Inteligência Artificial 2041, Relógio d’Água. Trad. Maria do Carmo Figueira. O gestor de Taiwan, hoje em Pequim, e um autor de ficção científica chinês, usando tanto factos como ficção, fazem uma antevisão do que será o mundo dominado pela Ai daqui a duas décadas.
- Juan José Millás e Juan Luís Arsuaga, A Morte Contada por um Sapiens a um Neandertal, Presença. Trad. Maria Ferro. O reputado escritor espanhol e o não menos reputado arqueólogo da mesma nacionalidade juntam-se de novo em diálogo sobre as nossas origens, incidindo desta vez na morte, depois de terem escrito antes um livro sobre a vida (em 2022, na mesma editora, com capa muito parecida).
– Jim Octaviano, Jim e Leland Myrick, Feynman, Gradiva. Trad. minha. Novela gráfica que narra a biografia do famoso físico norte-americano Richard Feynman, que foi um dos participantes do projecto Manhattan, conducente às primeiras bombas atómicas, e que descobriu a causas do desastre do vaivém espacial Challenger. O físico protagonizou histórias muito divertidas aqui contadas em banda desenhada.
- David Quammen, Sem Ar. A corrida da ciência para derrotar um vírus mortal. Objetiva. Trada. Gonçalo Neves. Um jornalista de ciência norte-americano, autor de Contágio (2020, na mesma editora), um livro que foi premonitório relativamente à pandemia de covid, faz aqui um relato «ao vivo» dessa emergência sanitária.
- Hubert Reeves, Eu Vi uma Flor Selvagem. O herbário de um astrofísico. Gradiva (minha revisão científica). No livro mais recente da colecção «Ciência Aberta», o astrofísico canadiano que faleceu em Outubro passado fala-nos com afecto das flores silvestres que encontrou perto da sua casa de campo francesa. Belas fotos ajudam os leitores a partilhar o prazer das descobertas botânicas. A Gradiva acaba de reeditar o maior êxito de Revés, o há muito esgotado Um Pouco Mais de Azul.
- Carlo Rovelli, Buracos Brancos, Objectiva. Trad. Igor Lobão. Depois de Sagan, Hawking e Reeves terem falecido, Rovelli e Tsyon são talvez os divulgadores de ciência mais célebres. Neste livro. o físico teórico italiano, autor se Sete Lições de Física Moderna (Objetiva, 2015) especula sobre buracos brancos, lugares hipotéticos de onde tudo sai, ao contrário dos buracios nergos. Pequeno livro muito bem escrito-
- Charles Seife, Stephen Hawking, Como vender uma celebridade científica, Kathartica. Trad. de Elsa Vieira (revisão científica minha). O jornalista de ciência norte-americano fez a melhor biografia de Hawking que conheço (e há várias…). Não se inibe de falar da promoção mediática de Hawking, feita com a colaboração do próprio.
- Suze Sheehy, A Matéria de Tudo. Doze experiências que mudaram o mundo. Temas e Debates. Trad. de Isabel Mafra (revisão científica minha). Uma física experimental de partículas australiana escolheu uma dúzia de grandes experiências de física que nos abriram portas ao conhecimento, por exemplo a descoberta do núcleo atómico em 1911-
- Neil deGrasse Tyson, O Mensageiro das Estrelas, Objectiva, Trad. de Manuel dos Santos Marques. O famoso diretor do Planetário Hayden em Nova Iorque foi buscar um título de Galileu (de 1610) para nos falar, à luz da ciência, de várias questões do mundo de hoje.
- João Zilhão, Portugal na Idade do Gelo, Fundação Francisco Manuel dos Santos. Um arqueólogo português com experiência internacional, explica-nos aqui, num rico álbum ilustrado, quem foram os primeiros humanos em território português e como viveram.
Boas leituras e bom ano!
- Alexandre de Angelis, Galileu em Pádua, Gradiva. Trad. de Bárbara Villalobos (revisão científica minha). Um astrofísico italiano conta, usando fontes da época, os anos que foram mais felizes na vida de Galileu: os que passou como professor em Pádua, que culminaram com as suas descobertas com o telescópio.
- Jorge Cham e Daniel Whiteson, Perguntas Frequentes sobre o Universo, Desassossego. Trad. de Joana Honrado. Prefácio de David Marçal. Um cartunista doutorado em Robótica e um físico, autores de «Não fazemos ideia, respondem aqui a muitas questões, com figuras cativantes.
- Albert Einstein, Os Diários de Viagem, ed. Zee’ev Rosenkranz, Gradiva. Trad. minha. O grande físico fez há cem anos uma grande viagem ao Japão, à Palestina e a Espanha, passando por vários outros sítios, que aqui é contada através dos seus diários.
- Florian Freisteter, A Histórias do Universo em 100 Estrelas, Planeta, Trad, de Alex Tarradellas e Rita Custódio. Um astrónomo e divulgador austríaco apresenta-nos uma enciclopédia de estrelas. Todas diferentes e todas à sua maneira notáveis.
~Michio Kaku, Supremacia Quântica, Bertrand. O físico norte-americano de origem japonesa conhecido pelos seus livros prospectivos fala de computação quântica, que, para certos problemas, já superou a computação que conhecemos.
- Kai-Fu Lee e Chen Qiufan, Inteligência Artificial 2041, Relógio d’Água. Trad. Maria do Carmo Figueira. O gestor de Taiwan, hoje em Pequim, e um autor de ficção científica chinês, usando tanto factos como ficção, fazem uma antevisão do que será o mundo dominado pela Ai daqui a duas décadas.
- Juan José Millás e Juan Luís Arsuaga, A Morte Contada por um Sapiens a um Neandertal, Presença. Trad. Maria Ferro. O reputado escritor espanhol e o não menos reputado arqueólogo da mesma nacionalidade juntam-se de novo em diálogo sobre as nossas origens, incidindo desta vez na morte, depois de terem escrito antes um livro sobre a vida (em 2022, na mesma editora, com capa muito parecida).
– Jim Octaviano, Jim e Leland Myrick, Feynman, Gradiva. Trad. minha. Novela gráfica que narra a biografia do famoso físico norte-americano Richard Feynman, que foi um dos participantes do projecto Manhattan, conducente às primeiras bombas atómicas, e que descobriu a causas do desastre do vaivém espacial Challenger. O físico protagonizou histórias muito divertidas aqui contadas em banda desenhada.
- David Quammen, Sem Ar. A corrida da ciência para derrotar um vírus mortal. Objetiva. Trada. Gonçalo Neves. Um jornalista de ciência norte-americano, autor de Contágio (2020, na mesma editora), um livro que foi premonitório relativamente à pandemia de covid, faz aqui um relato «ao vivo» dessa emergência sanitária.
- Hubert Reeves, Eu Vi uma Flor Selvagem. O herbário de um astrofísico. Gradiva (minha revisão científica). No livro mais recente da colecção «Ciência Aberta», o astrofísico canadiano que faleceu em Outubro passado fala-nos com afecto das flores silvestres que encontrou perto da sua casa de campo francesa. Belas fotos ajudam os leitores a partilhar o prazer das descobertas botânicas. A Gradiva acaba de reeditar o maior êxito de Revés, o há muito esgotado Um Pouco Mais de Azul.
- Carlo Rovelli, Buracos Brancos, Objectiva. Trad. Igor Lobão. Depois de Sagan, Hawking e Reeves terem falecido, Rovelli e Tsyon são talvez os divulgadores de ciência mais célebres. Neste livro. o físico teórico italiano, autor se Sete Lições de Física Moderna (Objetiva, 2015) especula sobre buracos brancos, lugares hipotéticos de onde tudo sai, ao contrário dos buracios nergos. Pequeno livro muito bem escrito-
- Charles Seife, Stephen Hawking, Como vender uma celebridade científica, Kathartica. Trad. de Elsa Vieira (revisão científica minha). O jornalista de ciência norte-americano fez a melhor biografia de Hawking que conheço (e há várias…). Não se inibe de falar da promoção mediática de Hawking, feita com a colaboração do próprio.
- Suze Sheehy, A Matéria de Tudo. Doze experiências que mudaram o mundo. Temas e Debates. Trad. de Isabel Mafra (revisão científica minha). Uma física experimental de partículas australiana escolheu uma dúzia de grandes experiências de física que nos abriram portas ao conhecimento, por exemplo a descoberta do núcleo atómico em 1911-
- Neil deGrasse Tyson, O Mensageiro das Estrelas, Objectiva, Trad. de Manuel dos Santos Marques. O famoso diretor do Planetário Hayden em Nova Iorque foi buscar um título de Galileu (de 1610) para nos falar, à luz da ciência, de várias questões do mundo de hoje.
- João Zilhão, Portugal na Idade do Gelo, Fundação Francisco Manuel dos Santos. Um arqueólogo português com experiência internacional, explica-nos aqui, num rico álbum ilustrado, quem foram os primeiros humanos em território português e como viveram.
Boas leituras e bom ano!
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