segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

PISA 2022: Parecer da Sociedade Portuguesa de Matemática

Deixo a ligação para o parecer da Sociedade Portuguesa de Matemática aos resultados da última passagem do PISA (ver aqui). 

"Os resultados PISA 2022, de Portugal, evidenciaram uma queda significativa das pontuações nos três domínios avaliados, sendo em Matemática que ela é mais acentuada (20 pontos). 

Após uma melhoria sistemática dos resultados em todas as edições até 2015, e de estagnação em 2018, os alunos portugueses obtêm agora uma pontuação (472) próxima da obtida em 2006 (466), revelando um cenário de um enorme retrocesso"

3 comentários:

Mário Ricca disse...

Para facilitar a quem quiser uma leitura rápida, aqui estão as conclusões da SPM:

O sucesso que Portugal obteve no PISA 2015, resultado de esforços continuados de muitos anos e vários governos, demorou quase 15 anos a construir e foi dissolvido em oito. Os retrocessos, que estão agora à vista, poderiam ter sido evitados caso a ação governativa se tivesse orientado pelo que se tem por favorável à aprendizagem.

Paralelamente, o sistema foi esvaziado de possibilidades de recolha de dados fiáveis relativos a essa aprendizagem e impossibilitado de aferir a sua evolução. Assim, embora a perceção de que os desempenhos dos alunos estavam em queda, tivemos de esperar até 2023 para verificar isso mesmo, sendo certo que regrediram para o nível em que se encontravam em 2006.

Os jovens agora avaliados seguiram um programa de estudos que desvalorizou as Metas, os Programas e políticas de avaliação que em 2015 levaram o país aos melhores resultados de sempre. Os jovens agora avaliados seguiram, pelo contrário, as ditas Aprendizagens essenciais vagas e as políticas de não avaliação que substituíram a exigência e a ambição educativa por uma orientação laxista do ensino. Deve refletir-se sobre isto.

Anónimo disse...

Para reverter o declínio no ensino, é urgente que os professores recuperem a autonomia técnica e pedagógica, consagrada no estatuto da carreira docente, mas que lhes foi tirada à força pelos governos de António Costa, onde pontificava, ora como secretário de Estado, ora com Ministro da Educação, o Professor Doutor João Costa. Para haver consolidação das aprendizagens essenciais dos alunos, o professor tem de ensinar mais do que o essencial. Já dizia Abel Salazar que "O médico que só sabe de Medicina, nem de Medicina sabe". Portanto, o programa da disciplina, que vai além do essencial, é que deve ser o principal documento orientador do trabalho do professor. As "Aprendizagens Essenciais" estão sempre contidas nos programas. E extravagâncias como o "Perfil do Aluno à saída da Escolaridade Obrigatória" e o "Ensino por Rubricas e Domínios" devem ser revogadas.
Para se poder melhorar o ensino e as aprendizagens, tem de haver disciplina, estudo exigente e exames de avaliação, de diversos modelos, mas autênticos.

Rui Figueiredo disse...

Será descuido meu ou o Sr. Prof. Nogueira, do Sindicato, ainda não comentou o descalabro?

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...