O Natal é uma bonita ficção,
e, como todas as ficções, absurdo:
os condimentos sofrem de inflacção
e a música de fundo encanta um surdo.
Nada, ali, faz, que se veja, sentido:
uma mãe abençoada e virgem,
um filho com pai que não é marido,
grandes mistérios que causam vertigem.
Com tudo isto se faz uma festa,
sem precisar de verosimilhança:
de belos presentes enche-se a cesta,
o Pai Natal intruja a criança
e a mentira fardada de verdade
alegra toda a comunidade.
Eugénio Lisboa
quarta-feira, 27 de dezembro de 2023
NATAL
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