terça-feira, 12 de dezembro de 2023

SONETO À CLAREZA

As ideias claras são muito raras.
A clareza é um caldo perigoso,
que rejeita as barafundas ignaras
e fende o obscurantismo teimoso.

A ideia clara induz mau sangue
aos que, morcegos, detestam a luz.
O trapaceiro usa o bangue-bangue,
que opõe à luz que, só ela, seduz.

Se a clareza é a boa fé
dos filósofos, como um deles disse,
mesmo que fosse só em rodapé,

que bom seria que ela luzisse,
iluminando a obscuridade
e, mostrando, dela, a sujidade.

Eugénio Lisboa

Sem comentários:

EMPIRISMO NO PENSAMENTO DE ARISTÓTELES E NO DE ROGER BACON, MUITOS SÉCULOS DEPOIS.

Por A. Galopim de Carvalho   Se, numa aula de filosofia, o professor começar por dizer que a palavra empirismo tem raiz no grego “empeirikós...