quarta-feira, 25 de abril de 2018

25 ANOS DO BARTOON DE LUÍS AFONSO


Ontem foi lançado o livro antológico dos cartoons de Luís Afonso publicados pelo Público ao longo de 25 anos e agora reunidos em volume pela Arranha Céus de João Paulo Cotrim, Escolhi alguns desses cartoons e escrevi um pequeno texto introdutório:

 Ao balcão do bar é feita uma radiografia de Portugal e dos Portugueses. E essa radiografia é permanente e inacabada, faz-se dia a dia, basta ir ao Bartoon.  Temos um óbvio problema com o desenvolvimento (o desenvolvimento é para nós uma espécie de D. Sebastião, já houve e pode ser que um dia volte a haver). País pequeno mas desigual, com cidades onde cabe o país todo (o Porto é uma nação? não: é um planeta!). Temos, sempre tivemos, problemas com a passagem do tempo  (ver Camões e os erros  ou  esperança média de vida. Não temos petróleo, mas temos a esperança que apareça  (talvez haja no Beato, procurem bem).  Temos dificuldade em debater (por exemplo, discussão do aborto ou o mordaça nos funcionários), o que seria uma boa maneira de nos pormos de acordo sobre o futuro. E somos um país de aparições surpreendentes (não admira que apareçam  muitos contrutores).

Luís Afonso é um observador arguto de Portugal. Cada um dos seus cartunes é um verdadeiro artigo de opinião. E, se as suas opiniões valessem, Portugal estaria muito melhor. O cartunismo afonsino é um caminho, a rir, para o desenvolvimento.

Sem comentários:

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...