segunda-feira, 2 de abril de 2018

Esquerda e direita, políticas educativas iguais!

O Público de ontem (aqui) deu conta das ideias políticas de uma candidata à liderança de certa "juventude" partidária. Basicamente, apontam para a (recorrente) "modernização e digitalização" da escola.

Em concreto, pretende que:
- se substituam os manuais em papel por manuais digitais;
- se mudem 
os métodos de aprendizagem;
- se 
introduza a programação no 1.º ciclo do ensino básico;
-
os alunos participem na avaliação dos professores;
- ...

Ideias vagas, erradas e periféricas em que todos os partidos, mais à esquerda ou mais à direita, insistem.

3 comentários:

Anónimo disse...

A doutora Margarida Balseiro, sabe quase tão bem como eu, um simples mestre de meninos de escola (EB-1,2,3+S), que nunca mandará na política educativa em Portugal que, desde o Verão Quente de 75, pelo menos, é comandada a partir de capitais estrangeiras, como Bruxelas, para não irmos mais longe!...

No ensino profissional, que foi integrado no POCH, cofinanciado pelo Portugal 2020 e pela União Europeia, os eurocratas decidem que eu sou obrigado a dar 50 horas, contadinhas ao minuto, de formação em Física e Química a formandos que ingressam nesta via de ensino porque é mais fácil e lhes dá direito a subsídios vários incluindo o que lhes permite comer diariamente na cantina da escola, mas que, dado que a própria legislação dos cursos, não prevê retenções nem reprovações de formandos, se estão borrifando para a Ciência!
Os senhores comissários, nos seus gabinetes sobreaquecidos nas sedes dos organismos europeus, em cidades do norte da Europa, são quem decide se os manuais são em papel ou digitais, se devem ser os alunos a avaliar os professores ou os professores a avaliar os alunos, se na escola primária se deve aprender programação e, em resumo, decidem todos os pormenores que fazem parte do complexo e dinâmico processo do ensino/ aprendizagem em Portugal.
O resultado deste comando a distância é os formandos não aprenderem nada, acederem mais facilmente ao ensino superior de que os alunos normais e, com os seus diplomas de grau 3, ou lá o que é, contribuirem para as estatísticas muito positivas do estado da formação profissional em Portugal!

Anónimo disse...

Direita, procura-se!

Anónimo disse...

Não percebo porque é errado substituir os manuais em papel por manuais digitais. Os dispositivos através dos quais os alunos acedem aos manuais podem ter ativadas certas restrições (ter o Facebook bloqueado, os jogos, serem impedidos de instalar outras aplicações, entre outras) e isso é muito, muito fácil de fazer. Por outro lado, é menor o peso da mochila se levarem os tabletes do que se levarem vários livros.

CARTA A UM JOVEM DECENTE

Face ao que diz ser a «normalização da indecência», a jornalista Mafalda Anjos publicou um livro com o título: Carta a um jovem decente .  N...