sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Entrevista que dei à revista do Montepio (n.º 25, Out. 2017)

P- Que significado tem para si a atribuição do Grande Prémio Ciência Viva Montepio 2017?

R- Estou muito grato pela atribuição do prémio maior na área da comunicação de ciência. É um estímulo para prosseguir o caminho que iniciei há muitos anos de espalhar a ciência na sociedade.

P- Qual a importância desta iniciativa para a promoção da cultura científica em Portugal?

P- Em boa hora a Associação Mutualista Montepio e a Ciência Viva se juntaram para distinguir quem tem procurado ligar a ciência e o público. Sinto-me "aos ombros de gigantes": antes de mim receberam o Grande Prémio Guilherme Valente, Galopim de Carvalho, Jorge Paiva, Manuel Paiva e Manuel Sobrinho Simões, nomes que honram o Prémio. A cultura científica – que consiste precisamente nessa ligação entre ciência e sociedade – está viva em Portugal, alimentada por esses e por muitos outros nomes. Mas esta tarefa de levar a ciência a todos é e será sempre, por sua própria natureza, inacabada.

P-Tem publicados mais de 60 livros. É uma forma de dar o seu contributo para aproximar a ciência dos cidadãos?

R- Há muitas formas possíveis de levar a ciência ao público. Eu gosto em particular da forma do livro, talvez por, em jovem, ter descoberto a ciência através desse meio. Dirijo, desde o nº 200, a coleção "Ciência Aberta" da Gradiva, que tem interessado muitos leitores, em especial jovens.

P- Quando é que percebeu que queria ser cientista? E porquê a Física?

R-  Foi pelos 15 ou 16 anos. Percebi através dos livros — entre os quais os de Rómulo de Carvalho — e através da escola que a ciência era uma atividade que eu podia também abraçar. A Física atraiu-me por ser mais geral: coloca e responde a questões gerais sobre o Universo em que vivemos.

P- Se não fosse cientista, o que seria?

R- Boa pergunta. Eu gosto muito de comunicar, talvez jornalista ou escritor, coisas que também faço um pouco a par da atividade de cientista. Os cientistas têm em comum com os jornalistas a curiosidade por saber a verdade a respeito do mundo e do homem

3 comentários:

Eureka disse...

Ah!

Anónimo disse...

O mais difícil é conseguir mudar as mentalidades! Muitos livros de divulgação científica têm o condão de transmitir, de uma forma descontraída e fácil, conceitos muito complicados da Ciência a pessoas que não gostam, ou não sabem, Matemática. Foi através da leitura aturada de obras-primas da divulgação científica que cheguei à conclusão que o Universo teve origem no Big Bang. Se não tivesse ocorrido o Big Bang, eu não poderia estar hoje aqui a relatar-lhes estas reflexões científico-filosóficas, de onde também deduzo imediatamente que sem o Big Bang a própria Filosofia não teria existência real!
O homem comum precisa tanto de divulgação científica como de pão para a boca!
O homem, sem cultura científica, não sabe de onde vem nem para onde vai!

Anónimo disse...

Estou 100 % de acordo com o anónimo de 17 de fevereiro, às 23:30:

A Ciência, despida de matemáticas, é linda, e é fácil!

35.º (E ÚLTIMO) POSTAL DE NATAL DE JORGE PAIVA: "AMBIENTE E DESILUSÃO"

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