P- Que significado tem para si a
atribuição do Grande Prémio
Ciência Viva Montepio 2017?
R- Estou muito grato pela atribuição
do prémio maior na área da
comunicação de ciência. É um
estímulo para prosseguir o
caminho que iniciei há muitos anos
de espalhar a ciência na sociedade.
P- Qual a importância desta
iniciativa para a promoção da
cultura científica em Portugal?
P- Em boa hora a Associação
Mutualista Montepio e a Ciência
Viva se juntaram para distinguir
quem tem procurado ligar a
ciência e o público. Sinto-me "aos
ombros de gigantes": antes de
mim receberam o Grande Prémio
Guilherme Valente, Galopim de
Carvalho, Jorge Paiva, Manuel
Paiva e Manuel Sobrinho Simões,
nomes que honram o Prémio. A cultura científica – que consiste
precisamente nessa ligação entre
ciência e sociedade – está viva em
Portugal, alimentada por esses e
por muitos outros nomes. Mas esta
tarefa de levar a ciência a todos
é e será sempre, por sua própria
natureza, inacabada.
P-Tem publicados mais de 60
livros. É uma forma de dar o seu
contributo para aproximar a
ciência dos cidadãos?
R- Há muitas formas possíveis de
levar a ciência ao público. Eu gosto
em particular da forma do livro,
talvez por, em jovem, ter descoberto
a ciência através desse meio.
Dirijo, desde o nº 200, a coleção
"Ciência Aberta" da Gradiva, que
tem interessado muitos leitores, em
especial jovens.
P- Quando é que percebeu que queria
ser cientista? E porquê a Física?
R- Foi pelos 15 ou 16 anos. Percebi
através dos livros — entre os quais
os de Rómulo de Carvalho — e
através da escola que a ciência era
uma atividade que eu podia também
abraçar. A Física atraiu-me por ser
mais geral: coloca e responde a
questões gerais sobre o Universo
em que vivemos.
P- Se não fosse cientista, o que seria?
R- Boa pergunta. Eu gosto muito
de comunicar, talvez jornalista
ou escritor, coisas que também
faço um pouco a par da atividade
de cientista. Os cientistas têm
em comum com os jornalistas a
curiosidade por saber a verdade a
respeito do mundo e do homem
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3 comentários:
Ah!
O mais difícil é conseguir mudar as mentalidades! Muitos livros de divulgação científica têm o condão de transmitir, de uma forma descontraída e fácil, conceitos muito complicados da Ciência a pessoas que não gostam, ou não sabem, Matemática. Foi através da leitura aturada de obras-primas da divulgação científica que cheguei à conclusão que o Universo teve origem no Big Bang. Se não tivesse ocorrido o Big Bang, eu não poderia estar hoje aqui a relatar-lhes estas reflexões científico-filosóficas, de onde também deduzo imediatamente que sem o Big Bang a própria Filosofia não teria existência real!
O homem comum precisa tanto de divulgação científica como de pão para a boca!
O homem, sem cultura científica, não sabe de onde vem nem para onde vai!
Estou 100 % de acordo com o anónimo de 17 de fevereiro, às 23:30:
A Ciência, despida de matemáticas, é linda, e é fácil!
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