sábado, 10 de maio de 2008

Lapidar

"Digo o Que Quero", de Ludwig Krippahl. Às vezes basta ser uma pessoa bem educada para ver claramente certas tretas.

6 comentários:

Rui leprechaun disse...

Uáu!!! Não acredito!!! Até aqui, ó fama que nunca vi!!! :)

E sim, o tema é bem filosófico... ou ético... ou jurídico... ou metafísico... ou que importa?... se é sempre só a Alma que TUDO nela comporta!

Mas como parte interessada...

Rui leprechaun

(...shiuuu! não digo mais nada! :))

alvares disse...

Aqui levanta-se uma questão importante no Portugal de hoje... O "anonimato"/"pseudónimo".

Aceito que alguns usam esta capa para fins menos próprios e honestos, no entanto, apercebo-me que em Portugal é necessário recorrer ao "anonimato"/"pseudónimo" por razões menos democráticas.
José Gil escreveu no livro, Portugal: O Medo de existir, se o 25 Abril acabou com o Salazarismo no regime político português, não o fez em algumas mentes.
Muitas dessas mentes foram educadas por esse regime e que o transportaram para o Portugal democrático. Muitas dessas mentes tiveram os beneficios da democracia e conseguiram lugares de poder, que o exercem com alguns tiques do antigo regime. (E maioria deles em suas familias)
Juntemos a isto muitos uma série de preconceitos que nos faz estar a anos de luz da nossa vizinha Espanha e temos a razão pelo uso de muitos "Anonimatos" e "Pseudónimos".
É preciso tempo para ultrapassar isto, se a revolução num dia conseguiu mudar o regime são precisos anos para mudar mentalidades. É preciso mudar gerações, é preciso que alguns deixem a vida activa e outros entrem nela.

alvares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
alvares disse...

Acrescento:

Recentemente li uma biografia de Einstein.... A dado ponto dizia-se: "Newton teve o seu auge cientifico com 24 anos e Einstein com 25..."

E quem em Portugal daria credibilidade a um/uma jovem com 25 anos, que diz ter uma teoria nova para o Universo?

Armando Quintas disse...

alvares, este país é uma treta não se esqueça, dá-se milhões para o futebol mas depois o ivestimento na ciencia é diminuto, cá alguem que tivesse 1 nova teoria para o universo não conseguia ser bem sucedido, ninguem o ouvia, n teria apoios e iria dar o seu valor ou à inglaterra ou aos EUA, veja-se Manuel Damásio e João Magueijo.
Quanto ao anonimato, ele serve na maior parte das vezes para dizer coisas que se tem vergonha de dizer e assumir, trata-se de cobardia muitas das vezes e os blogs são os melhores exemplos.

Rui leprechaun disse...

A questão levantada no blog do Ludwig não tem nada a ver com o anonimato, que é um simples direito individual, tanto na Net como fora dela. Deveras, tal está até ligado ao outro direito à privacidade, que por certo ninguém contesta.

Porque é justamente neste campo dos direitos individuais, mormente o de liberdade de expressão, que se centra esse debate: no more, no less!

Obviamente que os direitos implicam deveres e eles também se chocam entre si. Saber os seus limites, ou o velho dilema da minha liberdade chocar com a liberdade alheia... that is the question!

Anyway... não me vou alargar aqui acerca desse problema em si, claro, para isso existe já o post original que é pois o lugar próprio desse debate. Mas, aproveitando o facto de Peter Singer ter vindo a ser discutido ainda recentemente, acrescento apenas que é sem dúvida desejável que os direitos individuais não sejam separáveis das normas éticas que também presidem às relações pessoais. E é este o ponto em que o autor do post tem sem dúvida razão, ainda que os exemplos gerais retirados do convívio social do dia a dia sejam claramente muito distintos do tipo de comunicação pessoal presente num blog público, tema central da discussão.

De notar ainda que o Direito, de per si, não é necessariamente ético, e deveras tantas vezes pode ser até claramente amoral na sua formulação. Mas essa já é outra e mais longínqua dissertação.

Pegando ainda na ética prática de Singer, parece-me sem dúvida defensável a noção que ele defende da maximização da felicidade e satisfação ou, por consequência, a minimização da dor e do sofrimento. Deste modo, eu posso abster-me de algo a que até tenho direito se o seu exercício provocar mais desprazer no outro do que o prazer que eu posso retirar do seu exercício. Ou seja, a abstenção ou moderação da minha liberdade num caso concreto pode ser neutra ou só muito ligeiramente incómoda para mim, mas muito positiva para o outro que se sente prejudicado por ela.

E, basicamente, é única e simplesmente isso que aqui está em questão. De notar, já agora, que isto implica a voluntária supressão do elementar princípio que constitui o "direito à resposta". Ou ainda, e prosseguindo no exemplo ético, parece-me fácil concordar que é claramente anti-ético e abusivo alguém exigir do outro que não se pronuncie numa questão que lhe diz directamente respeito. Os órgãos de comunicação não o podem fazer, mas é certo que a Net é bem mais desregulada... e eu até simpatizo com o anarquismo libertário! :)

Um tal "proibição" é uma claríssima infracção desse direito à resposta, claro. E isto independentemente até da mesma poder ser censurada ou liminarmente eliminada, como vem sendo o caso, já que esse é outro direito que sempre assiste ao detentor de qualquer blog. De facto, há também ocasiões em que não vejo aqui no De Rerum Natura publicados comentários que escrevi. Desconheço as razões ou os critérios que presidem a tal selecção, mas não contesto esse direito. Digamos que simplesmente não me importo e sigo em frente! :)

Mas estou perfeitamente disposto a abdicar mesmo do tal elementar direito de resposta, seguindo aliás o princípio perfeito da acção sem reacção, ou o wu-wei taoísta.

É que deveras, existe apenas uma única liberdade de onde provêm todas as outras: o ser quem sou, integralmente onde estou! :)

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