À memória do Sr. Cruz,
homem bom como o
pão,
e rei do Infulene!
Correr pelo mato, no Infulene,
descobrir o cheiro da liberdade,
o negro da pele, fresco e perene,
os desejos à solta, em tempestade,
a fúria de viver e de comer,
um mundo sem limites, a abrir,
afastar, com destreza, o sofrer,
a certa glória, futura, a sorrir!
As leituras boas e clandestinas,
o cinema às dezassete e cinco,
no Scala, que se lixem as rotinas!
O gostoso aprender, com afinco,
sentirmo-nos crescer em sítio vasto,
onde tudo é bom, saboroso e fasto!
Eugénio Lisboa
1 comentário:
Isto é libertinagem!
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