Tanto cálculo, por causa da glória,
tanto gesto – e tão deselegante! –
para algo que não terá história
e é mais carvão do que diamante!
Que cegueira, trocar a amizade
pela glória vã, que tanto engana!
Ó cegueira, ó estúpida vaidade,
não chegarás nunca à Taprobana!
Tentar, à força, a ilusiva glória
e, com esse alvo, pisar toda a folha,
dá a mais enganadora vitória
a quem, enviesadamente, olha!
Não perceber quão tudo dura pouco,
neste mundo arbitrário e louco!
Eugénio Lisboa
2 comentários:
O diamante não serve para nada. Agora, o carvão...
"O carvão mineral é um combustível fóssil muito antigo, formado há cerca de 400 milhões de anos. Passou a ter grande importância para a economia mundial a partir da Primeira Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra (século 19), quando a máquina a vapor passou a ser utilizada na produção manufatureira."
Uma pessoa aquece-se, faz comida... É útil.
E eu sou como o elegante do Siza Vieira. Gosto do feio.
Depois, o meu sonho nunca foi ir ao Sri Lanka.
O Eugénio faz poemas sofríveis.
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