Aos meus gatos todos,
antigos e recentes.
Nenhum animal foi tão caluniado
como o gato: que é egoísta,
que é arrogante e malcriado,
só falta dizer que é Maoísta!
Que é amado mas não sabe amar.
Que gosta de receber mas não dá!
Se o maçamos, manda-nos bugiar.
Que se julga oriundo de Bagdá!
Mas do que toda a gente se esquece
é de que o gato, como ninguém,
sem nunca pestanejar, nos oferece
sem “mas”, sem “se” e sempre sem “porém”,
a majestade e a esbelteza
da sua inconfundível beleza!
Eugénio Lisboa
Sim, queridos destinatários deste soneto, nunca se esqueçam do sumptuário cadeau royal que é um gato! É como possuir um Leonardo que nos tivesse sido oferecido e não comprado. Nunca se distraiam a não devidamente avaliarem o tesouro que não merecem!
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