SONETO
À MANEIRA DE NICOLAU TOLENTINO
Ó Tolentino, ó grande
Nicolau,
não te peço emprestado
o engenho,
mas tão só o teu sábio
varapau,
que dê grande vigor ao
meu empenho
de varrer, a valer, o
meu quintal:
está sujo com o lixo de
comentários
feitos por idiotas sem
igual,
de tolices sem conta
tributários!
A confusão nas cabeças
é tal,
que lembra aquele aluno
faceto,
que num exame, em hora
fatal,
veio a descobrir que
Hugo Capeto
subiu até ao trono da
América,
só por acção da pressão
atmosférica!
Dedico este
desenfastiado soneto a alguns (só alguns!) dos meus assíduos comentaristas de
um blog em que, honrosamente, colaboro. Eles têm escrito coisas verdadeiramente
inesquecíveis! A mistura de componentes imiscíveis, que eles conseguem, requer,
no mínimo, uma espécie desorbitada de génio atarantado. Agradeço-lhes com este
modesto soneto, em que refiro o injustamente esquecido Hugo Capeto (desculpem a
rima involuntária. Também Tolentino rima com cretino e isso é a culpa de quem?
Ora bem!).
Eugénio Lisboa
4 comentários:
Certamente por lapso alguém apagou o meu comentário e não reparou. Mas isso não é suposto acontecer. Ou é?
Peço desculpa, foi decerto lapso. Foram apagados va´rios comentários de publicidade e deve ter havido lapso. Repita o comentário pf ab CF
O modo como o objecto molda o sujeito e estrutura os seus processos de percepção, cognição, valoração, escolha, comunicação, convenção, negociação, é um modo em que o sujeito é quem tem o papel de ser moldado (ainda que isso não corresponda sempre a deixar-se moldar, ou não, ou não suponha a intenção, consciência, vontade de ser moldado).
O objecto não desempenha nenhuma actividade, nenhum papel, ou intencionalidade de moldar, influenciar, condicionar, o sujeito.
Estou a falar dos objectos físicos, não culturais e não biológicos, que estão no nosso ambiente.
Quanto aos objectos culturais e biológicos que interagem com o sujeito, a situação é diferente.
Desde os casos em que a interacção dos objectos culturais ou biológicos é mera interacção, por exemplo acidental, ocasional, não dirigida a “atingir” um certo efeito no sujeito, mas que efectivamente interfere e tem efeitos, até aos casos em que essa interacção é propositada e assumidamente, intencionalmente, dirigida a produzir efeitos no sujeito, o objecto molda o sujeito de inúmeros modos, muitos dos quais não estavam previstos e sem que o sujeito tenha o poder ou a liberdade de lhes escapar ou subtrair.
Carlos Fiolhais, não tem que pedir desculpa. Só achei isso estranho num blog seu. Já repus o comentário.
Obrigado pelas suas publicações e partilhas. Abraço.
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