sexta-feira, 3 de julho de 2020

“ARTE RUPESTRE NO CERRADO”




ARTE RUPESTRE NO CERRADOé o título da próxima palestra do ciclo de divulgação científica “Ciência às Seis”, que ocorrerá no dia 7 de Julho, terça-feira, pelas 18h00, por vídeo conferência. O palestrante é o arqueólogo António Batarda Fernandes, Chefe da Divisão de Inventariação, Estudo e Salvaguarda do Património Arqueológico (DIESPA), Departamento de Bens Culturais, Direção-Geral do Património Cultural.

Os interessados podem seguir a vídeo conferência através do link:

O ciclo de palestras de divulgação científica “Ciência às Seis” é uma iniciativa do Rómulo Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra, com coordenação do bioquímico e comunicador ciência António Piedade.


Sinopse da palestra:

Situado no Brasil Central, o Cerrado formou até algumas décadas atrás o ecossistema típico de aproximadamente 20% da área do país. Até ao presente, estima-se que mais da metade dessa cobertura original tenha sido perdida para a agricultura e criação de gado, com apenas 2,2% do seu total protegido por leis federais. O município de Serranopólis, estado de Goiás, acumula a presença de zonas de Cerrado razoavelmente bem preservadas, com um complexo arqueológico significativo, abrangendo arte rupestre e locais de ocupação humana. No total, 26 locais são conhecidos, apresentando arte pré-histórica e camadas arqueológicas que remontam a 11.000 BP. Trabalhos de emergência de conservação da arte rupestre criaram a oportunidade de estabelecer um projeto de longo alcance dedicado à pesquisa, gestão, conservação e envolvimento público dos valores do património cultural e natural negligenciados e ameaçados da região: a arte rupestre pré-histórica e o Cerrado. Dada a atual situação mundial (sustentabilidade de recursos, alterações do clima, persistência de políticas económicas “business as usual”), o lema "Pense globalmente, aja localmente" nunca terá sido tão verdadeiro como no caso de Serranopólis. Num mundo global, a atuação local, tomando partido das riquezas naturais e culturais únicas e endógenas da região, poderá contribuir para moldar um futuro mais respeitador dos valores patrimoniais?

Nota biográfica:
Arqueólogo de formação, António Batarda Fernandes (https://batarda.wordpress.com/) exerce atualmente funções de Chefe da Divisão de Inventariação, Estudo e Salvaguarda do Património Arqueológico (DIESPA), Departamento de Bens Culturais, Direção-Geral do Património Cultural.
Até Fevereiro de 2020, exerceu funções no Museu e Parque Arqueológico do Vale do Coa onde coordeneou o Programa de Conservação da Arte Rupestre do Coa, co-coordenou os Serviços Educativos e geriu o website da Fundação Coa Parque além da presença nas chamadas redes sociais: Facebook, Youtube, Twitter, Instagram e TripAdvisor.
Na formação académica destaca-se o Mestrado em Gestão de Sítios Arqueológicos pelo Instituto de Arqueologia da University College London, apresentando tese sobre a gestão das visitas aos sítios de arte rupestre do Vale do Coa, e o Doutoramento em Arqueologia pela Escola de Ciências Aplicadas da Universidade de Bournemouth, apresentando tese sobre a conservação também dos sítios de arte rupestre do Vale do Coa.


Público alvo: todo(a)s o(a)s interessado(a)s em conhecimento e cultura científica!

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