“ARTE RUPESTRE NO CERRADO” é o título da próxima palestra do
ciclo de divulgação científica “Ciência às Seis”, que ocorrerá no dia 7
de Julho, terça-feira, pelas 18h00, por vídeo conferência. O palestrante é o arqueólogo
António Batarda Fernandes, Chefe da Divisão de
Inventariação, Estudo e Salvaguarda do Património Arqueológico (DIESPA),
Departamento de Bens Culturais, Direção-Geral
do Património Cultural.
Os interessados podem seguir a
vídeo conferência através do link:
O ciclo de palestras de
divulgação científica “Ciência às Seis” é uma iniciativa do Rómulo Centro
Ciência Viva da Universidade de Coimbra, com coordenação do bioquímico e
comunicador ciência António Piedade.
Sinopse da palestra:
Situado no Brasil Central, o Cerrado formou até
algumas décadas atrás o ecossistema típico de aproximadamente 20% da área do
país. Até ao presente, estima-se que mais da metade dessa cobertura original
tenha sido perdida para a agricultura e criação de gado, com apenas 2,2% do seu
total protegido por leis federais. O município de Serranopólis, estado de
Goiás, acumula a presença de zonas de Cerrado razoavelmente bem preservadas,
com um complexo arqueológico significativo, abrangendo arte rupestre e locais de
ocupação humana. No total, 26 locais são conhecidos, apresentando arte
pré-histórica e camadas arqueológicas que remontam a 11.000 BP. Trabalhos de
emergência de conservação da arte rupestre criaram a oportunidade de
estabelecer um projeto de longo alcance dedicado à pesquisa, gestão,
conservação e envolvimento público dos valores do património cultural e natural
negligenciados e ameaçados da região: a arte rupestre pré-histórica e o
Cerrado. Dada a atual situação mundial (sustentabilidade de recursos, alterações
do clima, persistência de políticas económicas “business as usual”), o lema
"Pense globalmente, aja localmente" nunca terá sido tão verdadeiro
como no caso de Serranopólis. Num mundo global, a atuação local, tomando
partido das riquezas naturais e culturais únicas e endógenas da região, poderá
contribuir para moldar um futuro mais respeitador dos valores patrimoniais?
Nota biográfica:
Arqueólogo de formação, António
Batarda Fernandes (https://batarda.wordpress.com/) exerce atualmente funções de
Chefe da Divisão de Inventariação, Estudo e Salvaguarda do Património
Arqueológico (DIESPA), Departamento de Bens Culturais, Direção-Geral
do Património Cultural.
Até Fevereiro de 2020, exerceu
funções no Museu e Parque Arqueológico do Vale do Coa onde coordeneou o
Programa de Conservação da Arte Rupestre do Coa, co-coordenou os Serviços
Educativos e geriu o website da
Fundação Coa Parque além da presença nas chamadas redes sociais: Facebook, Youtube, Twitter, Instagram e TripAdvisor.
Na formação académica destaca-se
o Mestrado em Gestão de Sítios Arqueológicos pelo Instituto de Arqueologia da
University College London, apresentando tese sobre a
gestão das visitas aos sítios de arte rupestre do Vale do Coa, e o Doutoramento
em Arqueologia pela Escola de Ciências Aplicadas da Universidade de
Bournemouth, apresentando tese sobre a
conservação também dos sítios de arte rupestre do Vale do Coa.
Público alvo: todo(a)s o(a)s interessado(a)s em conhecimento e cultura científica!
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