quinta-feira, 9 de julho de 2020

Defender o Herbário da Universidade de Coimbra

Ontem circulou a notícia, no website da Universidade de Coimbra, de que o Herbário da Universidade poderia fechar. Em causa está a falta de financiamento da Universidade que impede a contratação de funcionários. Como todos sabemos, sem pessoas não se faz trabalho e como consequência os serviços fecham. Entretanto a notícia foi retirada do site, mas a mensagem que lá estava foi guardada pelos internautas, fazendo jus ao lema "o que vai para a internet, fica na internet". A notícia pode ser encontrada em baixo: 


Se isto vier a acontecer é lamentável. O herbário tem várias coleções de plantas, algas, fungos e líquenes com cerca de 800 mil exemplares de todo o mundo, incluindo coleções de frutos e sementes. O que está em causa é um património científico importantíssimo e que ainda hoje é utilizado para o estudo de várias disciplinas, da botânica à ecologia, passando pela genética até à evolução. 

Numa altura em que temas como a preservação da biodiversidade e o combate às alterações climáticas são tão falados e estão no centro da política global e da investigação académica, não se entende como é que uma importante Universidade do nosso país está pronta a desistir de um espólio central para a investigação nessas áreas. 

Mas há mais: para além do material do Herbário ser importante para a pesquisa de várias disciplinas e ser consultado por diversos investigadores - que é uma aplicação prática e que gera resultados (produção de conhecimento e publicações científicas) - há ainda o valor patrimonial que é intrínseco às próprias coleções e que são património de todos nós. 

Sejamos intransigentes: há que defender o Herbário da Universidade de Coimbra!

1 comentário:

Joaquim Santos disse...

Obrigado pelo apoio. Já foi encontrada uma solução, e o Herbário continuará em funções!

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...