quinta-feira, 5 de junho de 2014

TANZANITE, a “pedra preciosa do século XX”


Variedade gemológica do mineral zoizite (sorossilicato de alumínio e cálcio, do grupo do epídoto), de cor variável entre o azul, o lilás e o acastanhado, a tanzanite foi descoberta, em 1967, pelo goês Manuel de Sousa (1913-1969), nos Montes Merelani, no norte da Tanzânia (antiga Tanganica), muito perto do vulcão Kilimanjaro. Tida por gema muito rara (só é conhecida naquele local), de muita beleza e de grande valor, caracteriza-se, essencialmente pelo tricroísmo azul, lilás e acastanhado. A cor azul forte evidencia-se sob luz fluorescente, ao passo que a cor lilás é mais marcada sob iluminação incandescente.

De dureza 6,5 a 7, na escala de Mohs (relativamente baixa, no contexto das gemas), é mais frágil e menos durável que rubis, safiras e diamantes. Assim, deve ser usada com precaução.

A identificação desta gema como uma variedade de zoizite foi atribuída a Ian McCloud, do Serviço Geológico da Tanzânia, em Dodoma, confirmada pelo GIA (Gemological Institute of America). O nome tanzanite foi proposto pela joalharia Tiffany & Co, de Nova Iorque, tendo em consideração o país de origem desta variedade, desde logo promovida à categoria de “pedra preciosa do século XX”.

A maior tanzanite em bruto conhecida pesava 3,38 kg e a maior lapidada tem 252,2 quilates. De 1967 a 1971, data da nacionalização desta exploração pelo governo da Tanzânia, foram dali retirados cerca de dois milhões de quilates de tanzanite. A grande maioria das tanzanites mineradas surge em tons de castanho.

Assim, é necessário proceder a um aquecimento, a cerca de 400º C, para lhe dar a famosa cor lilás, numa prática conhecida e entendida como normal nos mercados. Em 2002 a American Gem Trade Association (AGTA) declarou a tanzanite “pedra de nascimento” do mês de Dezembro, a par do zircão e da turquesa.

A. Galopim de Carvalho

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