Por Cátia Delgado
No culminar da “Cimeira de Segurança de IA 2023”, que decorreu nos passados dias 1 e 2 de novembro, no Reino Unido, com o objetivo de analisar os riscos da inteligência Artificial e debater formas de os atenuar, os 28 países representados endossaram a Declaração de Bletchley. Entre esses países contam-se os EUA, a China, a Austrália, a Suíça e o Reino Unido.
Na declaração conjunta, reconhecendo “o potencial positivo transformador da IA”, fica patente a posição dos diversos governos internacionais, empresas líderes neste domínio, grupos da sociedade civil e peritos em investigação aqui representados:
- “para o bem de todos, a IA deve ser concebida, desenvolvida, implantada e utilizada de forma segura, centrada no ser humano, fiável e responsável”;- “é necessário abordar a proteção dos direitos humanos, a transparência e a explicabilidade, a equidade, a responsabilidade, a regulamentação, a segurança, a supervisão humana adequada, a ética, a atenuação dos preconceitos, a privacidade e a proteção dos dados”;- “Registamos igualmente a possibilidade de riscos imprevistos decorrentes da capacidade de manipular conteúdos ou de gerar conteúdos enganadores”;- “As capacidades mais significativas destes modelos de IA podem causar danos graves, ou mesmo catastróficos, intencionais ou não”;- “embora a segurança deva ser considerada ao longo de todo o ciclo de vida da IA, os intervenientes que desenvolvem capacidades de IA de ponta, em particular os sistemas de IA que são invulgarmente poderosos e potencialmente prejudiciais, têm uma responsabilidade particularmente forte de garantir a segurança desses sistemas de IA, nomeadamente através de sistemas de testes de segurança, de avaliações e de outras medidas adequadas”.
2 comentários:
Agradeço esta oportuna informação da Dra. Cátia Delgado. Mais vale prevenir do que remediar e, quanto maior o perigo, mais rápida e mais sólida deve ser a prevenção. Imagino o que os chicos espertos do costume estão já a congeminar, para tirarem proveito enviesado deste invento.
Caro Professor Eugénio Lisboa, como sabemos, os chicos espertos estão sempre à frente na antecipação da oportunidade em cada "inovação". Felizmente, têm decorrido iniciativas desta índole, que, pelo menos, mantêm o alerta e advertem para as necessárias cautelas. Um abraço, Cátia Delgado
Enviar um comentário