domingo, 19 de novembro de 2023

CÂNTICO NEGRO

Estou-me marimbando para os burros,
para os que querem salvar o mundo,
com as ideologias aos urros
e um programa francamente imundo.

Os que matam as pessoas à fome,
recorrendo a uma pseudociência,
grata a um chefe com aço no nome,
que confunde ciência com demência.

Borrifo-me para o socialismo dito,
comicamente, científico,
mas não passando de novo czarismo!

Que se lixe o Timoneiro Magnífico
e os sabujos de merda que o lambem
e, agachados, à sua ordem, latem.
Eugénio Lisboa

NOTA: Não vão os idiotas de serviço acusar-me de plágio, vejo-me forçado a lembrar que CÂNTICO NEGRO é o título de um poema célebre, de José Régio, a que este meu soneto presta tardia e humilde homenagem. E, agora, é fartar, destemidos Anónimos, sempre atentos aos desvios burgueses… A saudade que tendes de julgamentos sumários e sem direito a recurso!

3 comentários:

  1. Mas não mas não ! Aplaudo efusivamente, feliz de o ver tomar posição tãp clara, honesta e corajosa! Desta vez, subscrevo na íntegra. Não sei se foi inspirado pela manif da Mortágua, ou se foi pela outra bem pior do MAS /LIT-CI. Doidos, marxistas pró-despóticos disfarçados de socialistas e LGTBQ. O 'poema' não é bonito, mas aceito que o tema só permite fealdade.

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  2. Não, mesmo correndo o risco de desapontar, o soneto não foi nada inspirado por isso que diz. Foi só inspirado por aquilo que lá está: a minha muito antiga aversão a ditadores, que se abonam de um grotesco socialismo "científico", para atropelarem os mais básicos direitos humanos. Gente com certezas, dogmas e um formidável talento para infernizar o mundo, tentando salvá-lo. Gente que odeia a liberdade de pensar e aconchega a sua sede de poder, no uso enviesado de palavras como "liberdade" e "democracia". Mercadorias de que, quanto mais falam, mais carecem. Só isto. Tão simples.

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