Os ademanes bizarros da guerra:
a troca de reféns com prisioneiros,
um cessar fogo, que não é pós-guerra,
interregnos curtos e traiçoeiros.
Na guerra mente-se como quem jura,
estupram-se com ardor os vocábulos,
solene proclamação logo augura
destruição de hospitais e estábulos.
A guerra é o cúmulo dos absurdos,
porque é um jogo em que todos perdem:
perdem os turcos e perdem os curdos
e tudo o que fizeram desfazem.
Fazer, desfazer, jogo de patetas,
levados ao açougue por profetas…
Eugénio Lisboa
quinta-feira, 23 de novembro de 2023
OS PROTOCOLOS DA GUERRA
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3 comentários:
As crianças são prisioneiros? Não, não são. Fale a verdade.
Não diga disparates. Aprenda a ler um poema e a apreciá-lo para além de vistas estreitas. Um regresso à escola far-lhe-ia bem. Estar sempre de mau feitio e de má fé em riste não ajuda. É notório e singular o azedume persistente desta gente que quer salvar o mundo e desconhece o espírito aberto e generoso. Os deuses todos do Olimpo nos livrem destes salvadores.
Nas masmorras de Israel estão crianças palestinas iguais às nossas.
Consegue perceber isso?
Talvez consiga. O que não se compreende é o porquê da forma como escreve.
Há poetas com esta natureza, com tamanha insensibilidade ao sofrimento humano... não há, a poesia não é isso, não serve para isso... o senhor não seja um poeta.
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