sábado, 4 de novembro de 2023

28 países assinam declaração conjunta para atenuar riscos da Inteligência Artificial (IA)

Por Cátia Delgado


No culminar da “Cimeira de Segurança de IA 2023”, que decorreu nos passados dias 1 e 2 de novembro, no Reino Unido, com o objetivo de analisar os riscos da inteligência Artificial e debater formas de os atenuar, os 28 países representados endossaram a Declaração de Bletchley. Entre esses países contam-se os EUA, a China, a Austrália, a Suíça e o Reino Unido. 
 
Na declaração conjunta, reconhecendo “o potencial positivo transformador da IA”, fica patente a posição dos diversos governos internacionais, empresas líderes neste domínio, grupos da sociedade civil e peritos em investigação aqui representados: 
- “para o bem de todos, a IA deve ser concebida, desenvolvida, implantada e utilizada de forma segura, centrada no ser humano, fiável e responsável”; 
- “é necessário abordar a proteção dos direitos humanos, a transparência e a explicabilidade, a equidade, a responsabilidade, a regulamentação, a segurança, a supervisão humana adequada, a ética, a atenuação dos preconceitos, a privacidade e a proteção dos dados”;
- “Registamos igualmente a possibilidade de riscos imprevistos decorrentes da capacidade de manipular conteúdos ou de gerar conteúdos enganadores”; 
- “As capacidades mais significativas destes modelos de IA podem causar danos graves, ou mesmo catastróficos, intencionais ou não”;
- “embora a segurança deva ser considerada ao longo de todo o ciclo de vida da IA, os intervenientes que desenvolvem capacidades de IA de ponta, em particular os sistemas de IA que são invulgarmente poderosos e potencialmente prejudiciais, têm uma responsabilidade particularmente forte de garantir a segurança desses sistemas de IA, nomeadamente através de sistemas de testes de segurança, de avaliações e de outras medidas adequadas”.

2 comentários:

Eugénio Lisboa disse...

Agradeço esta oportuna informação da Dra. Cátia Delgado. Mais vale prevenir do que remediar e, quanto maior o perigo, mais rápida e mais sólida deve ser a prevenção. Imagino o que os chicos espertos do costume estão já a congeminar, para tirarem proveito enviesado deste invento.

Anónimo disse...

Caro Professor Eugénio Lisboa, como sabemos, os chicos espertos estão sempre à frente na antecipação da oportunidade em cada "inovação". Felizmente, têm decorrido iniciativas desta índole, que, pelo menos, mantêm o alerta e advertem para as necessárias cautelas. Um abraço, Cátia Delgado

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