“Liberdade não é poder escolher entre preto e branco, mas sim abominar este tipo de propostas de escolha” (Theodor Adorno).
domingo, 23 de fevereiro de 2020
“Liberdade não é poder escolher entre preto e branco, mas sim abominar este tipo de propostas de escolha” (Theodor Adorno).
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
"A escola pública está em apuros"
Por Isaltina Martins e Maria Helena Damião Cristiana Gaspar, Professora de História no sistema de ensino público e doutoranda em educação,...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
2 comentários:
A História formatou o racismo quase como um arquétipo, uma forma-cristal vazia, mas de núcleo persistente que atravessa as gerações como indutora consciente de ação. Porque a pele é escura, e este é o núcleo invariável de significação - a lógica da forma, da matéria (sobrepondo-se ao racional), quem dela biologicamente se reveste é acusado de todas as imperfeições culturalmente associadas e esta conclusão especulativa, incrustada no inconsciente coletivo, assume formas individuais de exclusão. As representações simbólicas do “negro” condensaram-se em estruturas quase intransponíveis de irrazoabilidade, o que se manifesta em atitudes desprovidas de lógica, tais como as que aconteceram no passado e acontecem no presente. Logo, o racismo não é aceitável porque não tem sentido social, nem lógica científica. É água tóxica subterrânea que apodrece as dinâmicas sociais, pondo em questão direitos humanos e a paz que todos merecemos.
Compreenderia se todo esse ódio fosse direcionado para quem prevarica e prejudica seriamente os outros (homicidas, pedófilos, violadores, traidores, ladrões e “coisas” afins). Não se entende uma justiça subserviente à compreensão do mal, por intermédio do anjo de luz da psicologia, permitindo a multiplicação de comportamentos grotescos. Ainda não estamos num patamar civilizacional que nos permita o afrouxamento da punição.
A estranheza do diferente ou Outro é uma 'natureza' dos indivíduos e dos povos, independentemente da etnia ou tonalidade da pele. Ela é modificável através da educação e das circunstâncias da vida. Creio que os portugueses não pertencem ao número dos povos que mais estranham o Outro. Porquê? Porque, no decurso da sua história de quase 900 anos, interagiram e aprenderam intensamente com uma ampla panóplia de povos; deste jeito adquiriram a condição de universalidade.
Enviar um comentário