quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A terra mais próxima da Terra


Agora que foi anunciada a descoberta a terra mais próxima da Terra , convém lembrar as palavras do físico inglês Isaac Newton no escólio geral na sua monumental obra “Princípios Matemáticos de Filosofia Natural”, publicada em 1687 (há tradução portuguesa da Fundação Gulbenkian, com tradução do latim do físico e padre Resina Rodrigues, para além de uma edição da Texto Editores, com base numa edição brasileira, que eu revi à cabeça de uma equipa ):

“Este muito belo sistema do Sol, planetas e cometas só poderia provir do desígnio e domínio de um Ser inteligente e poderoso. E se as estrelas fixas forem centros de sistemas semelhantes todos eles forem formados segundo um desígnio semelhante e sujeitos ao domínio desse Ser, especialmente porque a luz das estrelas fixas é da mesma natureza da luz solar e todos os sistemas enviam luz uns aos outros. E para evitar que os sistemas de estrelas fixas, pela gravitação, caíssem uns sobre os outros, Ele colocou-os a imensas distâncias uns dos outros.”

Em 1584 o filósofo e teólogo italiano Giordano Bruno, que não foi propriamente um cientista, já tinha escrito to no seu livro “Do Universo e dos Mundos. Acerca do Infinito” (de 1584; também há tradução portuguesa na Gulbenkian):


“Por isso é necessário investigar se existe, além do céu, Espaço, Vazio ou Tempo. Pois há um único espaço geral, uma única vasta imensidão quais podemos livremente chamar Vazio; nela existem inumeráveis globos como este em que vivemos e crescemos. Declaramos que o espaço é infinito, uma vez que nem a razão, conveniência, possibilidade, senso-comum ou a natureza lhe atribuem um limite. Nele há uma infinidade de mundos do mesmo género que o nosso.”

Hoje estão catalogados mais de 3500 exoplanetas correspondentes a quase outros tantos sistemas planetários. As intuições de Newton e Bruno estavam certas. E é fantástico que a estrela mais próxima tenha um planeta com algumas semelhanças à Terra!

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