domingo, 27 de dezembro de 2020

POSTAL DE BOAS-FESTAS

Tendo sido chamada a GNR para pôr cobro  a um casamento cigano que, pelo número de convidados, fazia perigar a Saúde Pública,  inicialmente foi acatada a ordem, para pouco depois continuar a festividade  que, salvo erro, durava há três dias com ameaças  à mistura.

Idêntico desrespeito pelas  forças policiais se tem passado em algumas zonas suburbanas de Lisboa.  Paulatinamente, ou nem isso, a civilização de um país milenar,  vai sendo desnacionalizada por músicas africanas que passam na nossa televisão sem que, pelo que eu saiba, a música portuguesa passe, ainda que com muito menor aceitação, em  países do continente africano.

É bom não esquecer que Portugal, quase do Minho ao  Algarve, nas suas fronteiras de séculos atrás, esteve sob o domínio mouro existindo essa prova material no Bairro da Mouraria, em Lisboa, que serviu de mote ao belíssimo fado internacional de Amália: “Ai Mouraria”!

Há um velho ditado que nos lembra uma exigência a ser cumprida: “Em Roma sê romano”. "Ipso facto",  sem qualquer espécie de crítica subjacente, recordar que os países africanos  têm o cuidado de só autorizarem viverem em suas fronteiras europeus devidamente autorizados e credenciados que se identifiquem com os seus usos e costumes e com a sua   necessidade de gente qualificada.

Eu que nasci em Luanda, filho de pais portugueses de gema, tenho Moçambique como minha segunda e saudosa pátria de eleição não admitindo, como tal, ser taxado de racista por verdadeiros racistas que pretendem ver “o argueiro no olho alheio recusando-se em ver a trave no seu próprio olho”.

Nesta época natalícia, de paz entre os homens e mulheres de boa-vontade,  desejo aos meus irmãos moçambicanos um ano de prosperidade e de retorno à paz dentro das sua fronteiras.



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